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sábado, 23 de novembro de 2013

Edição 155 – Outubro/2013

Pinga e cobra
Os dois caipiras se encontram no ponto de ônibus em Cocalinho para uma pescaria.
__ Então cumpade, tá animado? - pergunta o primeiro.
__ Eu tô, home!
__ Ô cumpade, pro mode quê tá levano esses dois embornal?
__ É que tô levano uma pingazinha, cumpade.
__ Pinga, cumpade? Nóis num tinha acertado que num ia bebê mais?!
__ Cumpade, é que pode aparece uma cobra e pica a gente. Aí nóis desinfeta com a pinga e toma uns gole que é pra mode num sinti a dô.
__ É... e na outra sacola, o que qui tá levano?
__ É a cobra, cumpade. Vai que lá num tem...

"Excelente!"
Ao transitar pelos corredores do fórum, o advogado (e professor) foi chamado por um dos juízes:
___ Olha só que erro ortográfico grosseiro temos nesta petição.
Estampado logo na primeira linha do petitório lia-se: "Esselentíssimo Juiz".
Gargalhando, o magistrado lhe perguntou:
___ Por acaso esse advogado foi seu aluno na Faculdade?
___ Foi sim - reconheceu o mestre. Mas onde está o erro ortográfico a que o senhor se refere?
O juiz pareceu surpreso:
___ Ora, meu caro, acaso você não sabe como se escreve a palavra “Excelentíssimo”?
Então explicou o catedrático:
___ Acredito que a expressão pode significar duas coisas diferentes. Se o colega desejava se referir a excelência dos seus serviços, o erro ortográfico efetivamente é grosseiro. Entretanto, se fazia alusão à morosidade da prestação jurisdicional, o equívoco reside apenas na junção inapropriada de duas palavras.
O certo então seria dizer: "Esse lentíssimo juiz".
Depois disso, aquele magistrado nunca mais aceitou o tratamento de "Excelentíssimo Juiz", sem antes perguntar:
___ Devo receber a expressão como extremo de excelência ou como superlativo de lento?

O Terno
O pai de um amigo meu morreu. Um amigo, Aurélio, foi chamado para ajudar a cuidar dos preparativos.
- Wilson Maciel, seu pai não pode ser enterrado com esta roupa. Vá comprar um terno para ele.
- Amigo, eu não tenho dinheiro!
- Não tem importância. Eu pago.
E lá se foi Wilson Maciel em busca de um terno para enterrar seu genitor.
Feito isto, após o enterro, ela procurou o amigo:
- Preciso de dinheiro para pagar o terno.
- Quanto é?
- Duzentos reais.
Ele deu o dinheiro como prometeu.
Passou um mês e Wilson Maciel o procurou novamente.
- Preciso de dinheiro para pagar o terno.
- Quanto é?
- Duzentos reais.
Por ter prometido, o amigo não questionou e deu a grana. Mais um mês se foi e Wilson Maciel  voltou a procurar a amiga.
- Preciso de dinheiro para pagar o terno.
- Wilson, em quantas prestações você comprou este terno?

- Heloooo. Nenhuma... é que o terno era muito caro, então ao invés de comprar, eu aluguei... 

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