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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Edição 164 – Julho/2014
Editorial

Por uma vida melhor!

E o Terminal Metropolitano de Sarzedo acabou sendo fechado apenas duas semanas depois de ter entrado em operação. A desativação do Terminal significou uma importante e bela vitória das populações de Brumadinho, Mário Campos e Sarzedo. È verdade que os prefeitos das três cidades foram sensíveis às reclamações da população e cumpriram seu papel de defender essa população das arbitrariedades do Governo de Minas e da SARITUR. Porém, mais verdadeiro ainda é o fato disso só ter acontecido depois da mobilização da população. No dia em que o Governador, acompanhado de Diniz Pinheiro, Toninho Pinheiro, Ione Pinheiro, Pinheirinho, vários prefeitos – inclusive os de Brumadinho, Mário Campos e Sarzedo – anunciava a inauguração do Terminal, os políticos aplaudiram e fizeram discurso elogiando a obra. Mas, inaugurado o Terminal, os problemas começaram, e a população reagiu de pronto.
Dezenas de reclamações foram encaminhadas à Prefeitura, usuários foram à Câmara reclamar, gabinetes de vereadores foram visitados, um abaixo-assinado foi elaborado, um grupo foi criado em rede social, o telefone do DER-MG tocou tanto que o órgão o desligou, a população de Sarzedo impediu qualquer ônibus de entrar ou sair do Terminal.
Do lado de cá, no nosso interior, foi também a mobilização popular, com a ousadia legítima de fechar estradas por duas vezes, botando fogo literalmente no descaso da SARITUR que obrigou o DER-SETOP a colocar uma linha saindo de São José do Paraopeba para BH. 
Foi a mobilização popular que fez os políticos agirem, que garantiu a vitória aos usuários do transporte coletivo. Esta é a lição que fica para todos, especialmente para os usuários desse transporte.
Já outro evento municipal mostrou a desmobilização de nossa população. Foram as reuniões públicas criadas pela Lei Municipal nº 2018/2013. A Lei prevê que, em todo mês, uma das Secretarias da Prefeitura Municipal preste esclarecimentos e informações para a população, através de reuniões públicas, sobre seus projetos, ações etc. A Secretaria deverá se pronunciar sobre o que fez, os resultados e o que pretende fazer. A Lei prevê também que metade do tempo seja para participação da população. Nesse momento, toda e qualquer pessoa pode falar à vontade, fazer perguntas, elogios, sugestões e reclamações. As reuniões acontecem sempre na última terça feira do mês, à noite. É um projeto inovador, que tem tudo para dar certo se a população participar. É uma excelente oportunidade para influenciar nos rumos da cidade, uma bela forma de cobrar transparência da Prefeitura e de dar nossos palpites e ideias. Mas só vai funcionar se a população participar. Se a população não participar, vai continuar com o está acontecendo: a Prefeitura vai continuar cumprindo a Lei, mas a reunião só vai servir para que a Prefeitura fale para seus próprios funcionários que exercem cargos de chefias e, basicamente, por isso, participam da reunião, funcionários que estarão ali apenas para “dar uma força” para os colegas secretários e a outras chefias, ou porque foram “convidados” para estarem na reunião, como aconteceu na última terça feira, quando a Secretaria de Saúde compareceu à Câmara. A população ainda não incorporou para si essa conquista, esse canal de participação. Assim, ele tem virado apenas um espaço de propaganda da Administração Municipal.
Reinaldo Fernandes
Editor
Reclamar é importante, é verdade! Porém reclamar apenas, falar de longe, não resolve. A gente tem que participar se quisermos mudar a realidade! Temos que criticar, mas temos também que sugerir, propor, ajudar! 

As eleições estão aí. Os políticos são, sim, importantes. Mas a vida, pode acreditar, caro leitor, só muda pra valer com a participação popular. Votar bem. E participar melhor ainda. Eis a receita para uma vida melhor.  

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