Edição 146 - Janeiro/2013
NOTA OFICIAL
A Prefeitura Municipal de Brumadinho informa que no dia 27 de
dezembro do ano passado, às 7h, foi constatado por um grupo de servidores que a
câmara de estocagem de vacinas, localizada na Policlínica Municipal, estava
desligada. A temperatura, no momento, era de 27°C – longe da ideal, portanto,
que é de 2°C a 8°C.
A Prefeitura ressalta ainda que, no dia anterior (26 de
dezembro), a temperatura foi monitorada mais de uma vez e se manteve dentro dos
padrões de armazenamento e conservação.
Consequência: 1.680 doses (e 1 frasco) de vacinas que deveriam
ter sido utilizadas para a imunização de crianças e adultos tiveram que ser
descartadas.
A relação é a seguinte:
1. Pneumo: 31 doses;
2. DPT: 70 doses;
3. Hepatite B: 90 doses;
4. Dupla adulto: 120 doses;
5. Tetravalente: 125 doses;
6. Penta: 131 doses;
7. Rotavírus: 135 doses;
8. Menegite C: 158 doses;
9. Pólio Oral: 200 doses;
10. Triviral: 620 doses;
11. PPD: 1 frasco.
Comunicamos também que um boletim de ocorrência foi registrado.
Cabe à Polícia Civil, dessa forma, investigar o caso. Além disso, vale observar
que a atual administração, após contato com a Referência Técnica do Estado em
Imunização, conseguiu um novo estoque de vacinas – sem ônus para o município –
para que a população não fique desprotegida. Por fim, informamos que as
fechaduras de acesso à sala de vacinas foram substituídas.
Edição 146 - Janeiro/2013
Prefeitura Municipal de Brumadinho
Nota de esclarecimento sobre Patrimônio público da Prefeitura de
Brumadinho
A Prefeitura Municipal de Brumadinho informa
que os levantamentos realizados até o momento sobre o patrimônio e as condições
encontradas em todos os setores como Secretarias, Departamentos e prédios
públicos demonstram o estado de depredação e abandono de bens e até mesmo
dificuldades para a adequada prestação de serviços à população.
Conforme divulgado anteriormente, os
computadores de quase todos os setores foram formatados e também tiveram dados
importantes excluídos. Entre as informações excluídas encontram-se documentos
importantes, relativos a obras conveniadas com o governo federal, tais como
planilhas orçamentárias, projetos, fotos de acompanhamentos das obras, que são
necessários para a prestação de contas em 2013 e que foram totalmente apagados.
A situação mais grave foi detectada na
Secretaria de Obras, onde a maior parte da frota de máquinas, carros e
caminhões foi encontrada em estado de abandono, quebrada e sem condições
mínimas de uso. O espaço da Secretaria Municipal de Obras estava com muita
sujeira, desorganizado e com falta de equipamentos de manutenção, colocando em
risco o trabalho de funcionários e também da própria população.
O Departamento de Patrimônio está realizando
um trabalho de extrema importância e em caráter de urgência, que é o
levantamento e cadastramento de todo o patrimônio do município e já constatou,
que até a presente data, não foram encontrados os seguintes itens: 1 televisor
de 50 polegadas, 4 obras de arte, cada uma avaliada em R$600,00, 9 notebooks,
avaliados em R$ 1.400,00 cada, 13 CPUs, 9 monitores, 28 cadeiras e 8 mesas de escritório.
Durante o período de julho a dezembro do ano
passado foram realizadas 249 contratações de pessoal, em pleno período
eleitoral, em diversos setores. Das 249 contratações, 49 foram destinadas para
a UPA- Unidade de Pronto Atendimento recém-inaugurada. As outras 200
contratações estão sendo analisadas caso a caso pelas áreas de administração e
jurídica.
Outra irregularidade é o contrato com o Banco
Itaú, que possui exclusividade no pagamento dos servidores da Administração
Direta, ativos, inativos e aposentados, e que está vencido desde agosto de
2011. Ou seja, a prestação de serviços está sem cobertura contratual há quase
um ano e meio. A administração já está
tomando as medidas cabíveis para regularização quanto a essa prestação de
serviços.
Obra
do Hospital Municipal
Quanto à obra de construção do hospital
municipal, localizada atrás da UPA, pela Construtora Império, o relatório
técnico realizado no dia 3 de janeiro, pela equipe da Secretaria Municipal de
Obras, aponta para o fato de que a execução da obra não acompanhou os
pagamentos já efetuados, ou seja, já foram pagos mais de 70% dos recursos e a
construção encontra-se apenas na base. A ausência dos projetos, estrutural, arquitetônico,
hidrossanitário, dentre outros dificultou a conclusão das medições. Esses
projetos foram pagos pela prefeitura e não foram localizados nem em arquivo
eletrônico nem em arquivo físico. Os mesmos foram solicitados oficialmente
diversas vezes a Construtora Império, inclusive por meio de notificação de
cartório, e após tais tentativas foram entregues a prefeitura 5 CDs que estavam
com informações incompletas. Diante desta situação, a administração enviou
servidores até a obra, e retirou os referidos projetos utilizados na própria
obra para a feitura de cópias.
O mesmo relatório aponta que vários serviços
já foram pagos e não foram executados. Entre esses serviços está o pagamento
total no valor de R$ 125.390,00 para a instalação de uma fossa séptica, para
750 usuários dia. Essa fossa não está concluída. O documento aponta também, que
quase 1 milhão de reais foi pago para o fornecimento e instalação de um gerador
trifásico automático, de 300KVA, e este gerador não foi localizado na obra. O
gerador que foi encontrado trata-se de outro equipamento, que está alugado e
que não confere com as descrições contidas no processo de licitação e na nota
fiscal.
Outras
situações encontradas
Na
Secretaria Municipal de Saúde foram encontradas também inúmeras contratações
irregulares, além de pagamento de excesso de horas extras autorizadas e pagas
sem justificativas.
A Prefeitura Municipal de Brumadinho ressalta
mais uma vez, que este é apenas o levantamento inicial do patrimônio público,
que está sendo feito de forma técnica e minuciosa em todos os setores. No
entanto, a ausência de documentos gera grande dificuldade para esclarecimento
da real situação encontrada pela nova administração.
Essa situação impõe a necessidade de adoção de
medidas judiciais e de controle dos bens públicos, que já estão sendo tomadas,
para que a população de Brumadinho possa ter garantida a inviolabilidade do
patrimônio municipal e a transparência na administração pública.
Edição 146 - Janeiro/2013
COLUNA
JURÍDICA, Por Flávia Cristina
Fator previdenciário – O vilão de quem pretende se aposentar
logo
Caros leitores, como já se sabe, há algum tempo discussões
para acabar com o fator previdenciário. Todavia, o Governo não abre mão de ter
algum outro sistema que reduza os gastos com a Previdência. A proposta para
substituir o fator é a fórmula defendida pelas centrais sindicais, qual seja, a
chamada 85/95, fórmula com a qual em caso de aprovação do Governo, o segurado
receberia a aposentadoria integral quando, na soma do tempo de contribuição com
a idade, atingisse 85 (mulheres) ou 95 (para homens). Uma outra proposta do
Governo é criar uma idade mínima para se aposentar. Até a presente data a
discussão prossegue, não havendo portanto, previsão definida para as mudanças,
a votação pode ocorrer em 2013, mas, mesmo assim, dependerá do Governo.
Enquanto o Governo não define as novas regras, o segurado
que planeja se aposentar por tempo de contribuição deve se programar para usar
a tabela do fator previdenciário a seu favor, seja reduzindo os descontos no
seu benefício ou até mesmo aumentando o seu valor final.
O fator previdenciário vem sendo aplicado de acordo com a
já existente tabela do fator, que inclusive foi atualizada em dezembro de 2012,
com a nova expectativa de vida divulgada pelo IBGE, que usou dados do Censo de
2010.
Pela primeira vez na história, desde a sua criação, a
atualização da tabela do fator não aumentou os descontos nos benefícios. Desta
vez, os segurados com mais de 55 anos saíram ganhando com os novos índices.
Como o IBGE reduziu a previsão de expectativa de vida para
essas idades, a mordida do fator também ficou menor. Mesmo assim, a diferença
no bolso de quem vai pedir a aposentadoria com a tabela nova é pequena, na
comparação com os benefícios calculados com a tabela antiga, que vigorou até o
fim do mês de novembro de 2012.
O ganho é mais significativo quando o segurado se dispõe a
adiar por alguns anos o pedido do benefício.
Criado em dezembro de 1999, o fator é usado
obrigatoriamente nas aposentadorias por tempo de contribuição. Quanto menor a
idade e o tempo de contribuição do segurado, maior é o desconto. Pela lógica do
fator, o INSS concede um benefício menor para um segurado que deverá ficar
recebendo a aposentadoria por mais tempo. Já quem adiou o pedido e tem mais
idade consegue uma aposentadoria com valor maior.
Para estimar a “duração” do benefício, o INSS usa a
expectativa de sobrevida – cálculo de quantos a nos a mais os brasileiros
viverão.
Não há dúvidas de
que o fator é o vilão de quem se aposenta assim que completa o tempo mínimo de
contribuição (35 anos para homem) e (30 anos para mulher). Vejamos alguns
exemplos: uma mulher com 50 anos de idade e 30 anos de contribuição, tem um
fator 0,598. Assim, se ela tiver uma média salarial de R$ 2.000,00, sua
aposentadoria será de R$ 1.196,00. Neste caso, a perda entre a média salarial e
o valor final do benefício é de 40,2%. Já um homem com 55 anos de idade e 35
anos de contribuição, tem fator de 0,717. Assim, se ele tiver uma média
salarial de R$ 2.000,00, a aposentadoria deverá cair para R$ 1.434,00, tendo
uma perda de 28,3%.
O segurado só evita perdas com o fator previdenciário se
ele atingir índice igual ou superior que 1 (hum). Para isso, entretanto, é
preciso ter paciência, por exemplo: um homem com 52 anos de idade e 35 anos de
contribuição, tem fator 0,643, para conseguir atingir o índice de fator 1 (hum)
e, consequentemente receber o benefício integral, ele precisará de mais sete
anos.
Como não se indignar com essas regras, a idade chega, o
cansaço bate, o corpo clama por descanso e é essa situação que o segurado
encontra ao planejar o pedido de sua tão merecida aposentadoria.
Bem, é isso, caros leitores, acredito ter contribuído um
pouco mais para mantê-los informados sobre os direitos previdenciários dos
cidadãos, em caso de dúvidas, coloco-me à disposição, ligue e agende um horário.
Meu telefone é (31) 3571-1486.
Abraço caloroso.
*Flávia Cristina da Fonseca - Advogada
Edição 146 - Janeiro/2013
Brumadinho recebe R$ 600 mil da Vale em apoio a crianças e
adolescentes
A Vale destinou R$ 4,3 milhões a iniciativas de apoio ao
atendimento de crianças e adolescentes de Minas Gerais, por meio do Fundo da
Infância e da Adolescência (FIA). O repasse feito para os Conselhos Estadual e
Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente aconteceu em dezembro de
2012, mas os recursos serão utilizados durante o ano de 2013.
Em Minas, foram contempladas iniciativas de 36 municípios, entre
eles Brumadinho que, nos últimos anos, recebeu mais de R$ 4 milhões para
iniciativas em apoio a crianças e adolescentes, em repasses feitos pela Vale
por meio do FIA. Só no fim do ano passado, “foram repassados mais de R$ 600 mil
para Brumadinho”, informa Cristiano Cunha, Assessor de Imprensa da Vale.
A expectativa da empresa para 2013 é manter o número de beneficiados
no ano passado, quando cerca de 10 mil crianças e adolescentes foram
diretamente atendidas nas mais de 120 iniciativas apoiadas em 70 municípios
brasileiros.
A empresa destina recursos ao Fundo há mais de oito anos. Além
do apoio financeiro, a empresa vem buscando consolidar uma política de
investimento em que se coloca como parceira na construção de novas realidades a
partir desses recursos, respeitando a autonomia dos Conselhos Municipais na
gestão dos fundos e fortalecendo seu papel deliberativo da política de
atendimento à infância e adolescência.
Em 2013, o principal desafio da empresa e sua fundação é apoiar os
Conselhos Municipais no monitoramento da aplicação dos recursos no FIA.
Edição 146 - Janeiro/2013
Brumadinho briga contra pedágio
A ONG
Abrace a Serra da Moeda; a Associação Geral do Alphaville e o Condomínio Retiro
do Chalé, entidades que representam moradores que serão diretamente afetados
com a instalação do pedágio no km 562 da BR 040 (antes do trevo de Ouro Preto -
sentido Rio de Janeiro) impugnaram o edital da Agência Nacional de Transporte Terrestre
– ANTT - que trata do caso. O documento foi protocolado no dia 18 de janeiro em
Brasília, pelo Deputado Estadual Fred Costa.
A ONG
Abrace a Serra da Moeda abordou que, além da população domiciliada nos Condomínios,
há milhares de famílias de baixa renda domiciliadas na região ao pé
da Serra da Moeda, município de Brumadinho, que transitam diariamente na
rodovia e que terão impactos significativos no orçamento familiar, em razão da
cobrança da tarifa de pedágio no km 562. Sustentou a ONG que não há previsão de
via alternativa no trecho, em condições adequadas de uso, o que obrigará o
pagamento da tarifa sem qualquer benefício para a população domiciliada, uma
vez que o trecho a ser utilizado a partir da Praça de Pedágio nº 9 não
ultrapassará oito quilômetros.
Além
disso, também argumentou que o trecho em questão é altamente impactado e
deteriorado por milhares de caminhões de minério de ferro que transitam na
área, 24 (vinte e quatro) horas por dia, todos os dias da semana, haja vista as
inúmeras mineradoras operando na Serra da Moeda e que utilizam a referida
rodovia para transporte do produto de sua exploração. Assim, os danos causados
na rodovia que margeia a Serra da Moeda devem ser indenizados (compensados)
pelas empresas de mineração em operação na área, que utilizam a referida
rodovia, pois, caso contrário, em última análise, esses danos acabarão por ser
rateados com a população domiciliada na região, caso o pedágio no trecho
impugnado seja instalado, violando os princípios ambientais básicos que
norteiam o nosso ordenamento jurídico, além do equilíbrio que deve nortear as
relações jurídicas.
Duas
impugnações
A ONG
informa que foram duas impugnações apresentadas à Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT), sendo uma da ONG Abrace a Serra da Moeda e outra
produzida pela assessoria jurídica da Associação Geral do Alphaville que contou
com o apoio do Condomínio Retiro do Chalé.
“Esperamos
que o desdobramento do caso seja favorável à população de Brumadinho, Nova Lima
e Itabirito, pois a população de Minas Gerais não pode arcar com o custo de
manutenção das estradas que são deterioradas principalmente pelas empresas de
minério no Estado – como se não bastasse os outros impactos ambientais e
hídricos que temos que suportar”, diz Beatriz Vignolo, Presidente da ONG Abrace
a Serra da Moeda (http://abraceaserradamoeda.blogspot.com.br/). “Quem está sendo sustentado por esse modelo de desenvolvimento
econômico no Estado de Minas Gerais baseado na monoeconomia?”, questiona
Vignolo.
A
presidente da ONG afirma que boa parte dos moradores da região trabalha e
estuda em Belo Horizonte e teriam que pagar em pedágio R$ 300 por mês, o que,
ao ano, significa despesa de R$ 3,6 mil. “É um pedágio oportunista, feito para
pegar moradores locais. É muito injusto. Estaremos pagando para trabalhar”,
critica Beatriz, que se diz contrária à isenção, por transferir o custo para
outras pessoas.
Outro lado
Segundo informa o jornalista Pedro Rocha Franco, “o imbróglio
entre moradores de condomínios situados às margens da BR-040 e a ANTT quanto à
modificação do local de instalação de uma praça de pedágio deve se arrastar por
longo tempo.” A ANTT não concorda em modificar o edital de concessão da rodovia.
A agência reguladora estaria analisando medidas alternativas para reduzir o
impacto para os residentes de Nova Lima, Itabirito e Brumadinho. Entre outros,
a isenção pode ser uma solução, mas para isso seria necessária concordância da
concessionária escolhida. Caso não seja definido um acordo nos próximos dias, a
Justiça deve ser acionada.
No mesmo edital de concessão da BR-040, a ANTT excluiu a praça
de pedágio prevista para Luziânia, o que pode levar os moradores a entender a
decisão como uso de dois pesos e duas medidas. O estudo foi elaborado em 2007,
mas sua execução foi paralisada, tendo sido redefinido nos dois últimos anos.
Como entre as premissas da presidente Dilma Rousseff estava a não inclusão de
pedágio urbanos, a praça foi excluída do edital lançado para a concessão da
rodovia.
No caso da BR-101, trecho que corta Santa Catarina, depois de
acionar o Ministério Público Federal, os moradores conseguiram alterar a
localização da praça de pedágio de Palhoça. O requerimento inicial era que
fosse concedida isenção a todos os veículos que trafegam pela BR, mas, por fim,
no ano passado, em acordo ficou definida a mudança da praça em 24 quilômetros.
“Palhoça está praticamente dentro de Florianópolis, o que leva os residentes a
deslocarem-se inclusive para trabalhar. Os moradores são obrigados ao pagamento
de pedágio para terem acesso aos serviços dentro da própria cidade, o que é um
absurdo”, destaca a ação do MPF.
Mas em relação à praça prevista para Nova Lima, a ANTT se mostra
irredutível quanto à mudança de local. “Não foi considerada como área urbana.
Estamos analisando outras medidas cabíveis”, afirmou Viviane Esse,
superintendente de Exploração de Infraestrutura Rodoviária da agência
reguladora.
Edição 146 - Janeiro/2013
DICAS - Para
viver mais e melhor
“Eu quero ser feliz agora!”
Esta,
lindíssima, eu emprestei de Oswaldo Montenegro: “Se alguém disser pra você não
cantar, deixar seu sonho ali pra uma outra hora, que a segurança exige medo, que
quem tem medo Deus adora; se alguém disser pra você não dançar, que nessa festa
você tá de fora, que você volte pro rebanho, não acredite, grite, sem demora: “Eu
quero ser feliz agora! Eu quero ser feliz agora!”
Se
alguém vier com papo perigoso de dizer que é preciso paciência pra viver; que andando
ali quieto, comportado, limitado, só coitado, você não vai se perder; que manso,
imitando uma boiada, você vai, boca fechada, pro curral sem merecer; que Deus
só manda ajuda a quem se ferre,
e
quando o guarda-chuva emperra certamente vai chover, se joga na primeira
ousadia que tá pra nascer o dia do futuro que te adora. E bota o microfone na
lapela, olha pra vida e diz pra ela: ‘Eu quero ser feliz agora! Eu quero ser
feliz agora!’”
É
isso!
Edição 146 - Janeiro/2013
Ler é legal, por Amanda Álvares
O Sócio
John Grisham
Patrick, um advogado bem sucedido, decide jogar tudo pro alto e
foge levando consigo 90 milhões de dólares da firma em que trabalhava. Vivendo
no Brasil, residindo na cidade de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, ele
conhece a advogada Eva que torna sua parceira e sua amante. Porém, Patrick é
encontrado e torturado por detetives contratados pelos donos do escritório em
que trabalhava para revelar a localização do dinheiro e, como isto não acontece,
é levado novamente para os Estados Unidos onde é preso pelo FBI e, inicia-se
uma série de processos do FBI contra Patrick e dele contra o FBI. Eva é a
encarregada da transferência do dinheiro internacionalmente sem deixar pistas.
O autor, através dessa fantástica aventura, tenta mostrar que quando se tem
muito dinheiro, ele consegue corromper o sistema, trazendo um final surpreendente
para a estória.
Ficha Técnica do Livro: Autor: John Grisham; Tradução de Aulyde
Soares; Editora: Racco, Rio de Janeiro/RJ – 1997; Título original: The Partner,
416 páginas
Edição 146 - Janeiro/2013
Alimentação Saudável
O glúten
Por Aline Maciel
Você sabe o que é o glúten? Já ouvi muitas pessoas falarem que:
“esse tal de glúten não deve ser boa coisa e é por isso vem escrito na
embalagem de muitos alimentos”. Mas não é verdade, o glúten é um conjunto de
proteínas encontradas no trigo, centeio, aveia e cevada. Ele é responsável pela
textura macia de pães, bolos e outras panificações.
A legislação brasileira regulamenta que todos os alimentos
embalados que contenham glúten no seu rótulo deve ter a expressão “contém
Glúten” em destaque com nitidez e de fácil leitura. Isso se deve ao fato de
aproximadamente 1% da população têm intolerância ao glúten causando assim a
doença celíaca ou a dermatite herpetiforme.
A doença celíaca manifesta-se com maior frequência em crianças
após os dois anos, mas pode surgir em qualquer idade e afeta mais as mulheres
do que os homens. Os principais sintomas da doença são diarreia ou constipação
intestinal e distensão abdominal (barriga inchada). Seu diagnostico é difícil
porque seus sintomas podem ser confundidos com uma série de doenças. Existem
diferentes graus de tolerância ao glúten, alguns podem até utilizar poucas
vezes alimentos com glúten e há outros que simples traços podem desencadear a
crise.
Na Dermatite Herpetiforme a pessoa pode sentir uma sensação de queimadura intensa e
coceira pelo corpo semelhante a uma reação alérgica intensa.
O portador dessa intolerância somente pode ingerir macarrão,
bolos, bolachas, biscoitos, pães e outras panificações produzidas com farinha
de mandioca, fécula de batata, polvilho doce e azedo, milho e amido de milho.
Esses produtos são difíceis de ser encontrados aqui nessa cidade, por vezes
muito caros e geralmente não são muito palatáveis. Ler atentamente o rótulo dos
alimentos é de suma importância, porque mesmo não sendo produzidos com os
ingredientes que contenham o glúten, em seu processo há risco de contato com
produtos que possam contê-lo. Alguns fabricantes de alimentos já descrevem no
rótulo que seu produto pode ter traços ou risco de conter substâncias
alergênicas como: o glúten, ovo, amêndoas, amendoim, coco... Fique de olho!
Envie sugestões para o e-mail: alinemaciel.nutri@ymail.com
Edição 146 - Janeiro/2013
Paulo Viotti, ícone da cultura em
Brumadinho
“Carinho. Admiração. Agradecimento (não necessariamente nessa
ordem). Essas podem ser três palavras que traduzem bem o que o público – de
Brumadinho e de outras cidades – sente pelo escritor, de verso, prosa e teatro,
Vicente de Paula Viotti, o nosso Paulo
Viotti. Sentem pelo pintor e trovador. Mas o que mais deve causar esses
sentimentos nas pessoas não deve ser o talento artístico de Viotti: é o fato de
ele ser um agitador cultural, alguém que pensa na arte não para si, mas para os
outros, para engrandecer os outros, para levar os outros para o céu. Porque ele
mesmo sabe que “artistas, todos, vão para o céu”. Deve ser por isso que ele
mantém, com recursos próprios, uma casa de cultura, uma “casa de artistas”, o
INCINE – Instituto de Cultura Internacional Esperanto”, publicou o de fato em
maio de 2009.
Agora, há quem diga que ele faleceu no dia 21 de janeiro, aos 86
anos. Ledo engano! Gente como Vicente de Paula Viotti, o Paulo Viotti, não
morre! No máximo, como diria Tutti Maravilha, virou estrela. E das boas! E das
grandes! E das brilhantes! UM dia ele escreveu em sua canção “Trovas”:
“Tristezas, se acaso as levas,/ não te queixes por sofrê-las,/ tem a noite as
suas trevas/ mas veste um manto de estrelas“. Foi isso que aconteceu com nosso
amigo Paulo Viotti, foi fazer parte de “um manto de estrelas“.
Um homem que viveu para incentivar a cultura em Brumadinho, que
escreveu livros, pintou quadros, escreveu contos, trovas e poesias – belas
poesias! Um homem que defendeu o Esperanto com toda sua esperança! Um homem
que, acima de tudo, foi o maior mecenas da cultura em Brumadinho. Um homem que
abriu as portas de sua casa para criar o INCINE – Instituto de cultura
Internacional Esperando – Casa de Cultura. E onde fez acontecer, gratuitamente,
para quem quisesse, aulas de violão, de desenhos, de Esperanto. Não estava
sozinho, claro que não! Mas estava à frente, estava animando, estava
incentivando, colaborando, dando sua ajuda, fazendo, como ninguém, a sua parte.
Lembro-me de quando lhe contava das dificuldades econômicas do jornal de
fato. Sabe o que ele fez? Doou dois aparelhos de ginástica para que
vendêssemos e revertêssemos o dinheiro para ajudar o jornal a circular. Esse
era Paulo Viotti.
Talento e humildade
Escritor qualificado, acima da média, viveu a honra de ser
elogiado por nada menos do que o maior dos poetas que Minas produziu, Carlos
Drummond de Andrade, que referiu-se ao trabalho de Viotti como “repassado de
espiritualidade e emoção”. Nem por isso foi esnobe: participou, humildemente,
de todos os concursos do jornal de fato,
colocando a beleza de sua poesia à disposição de nossa cidade. Dentre inúmeros
títulos que conquistou vida afora, o poeta foi vencedor do 3º e 6º lugares do
II Concurso de Poesias do Jornal de fato, em 2007 e do III Concurso, em 2008.
Mas nem só de cultura vive Paulo Viotti! Cidadão consciente de
seus direitos e de seu povo, ajudou a fundar a Associação de Moradores do seu
bairro (São Conrado) e lutou para que o lugar em que morava e oferecia aos
amigos fosse um lugar melhor, na construção da Praça do Bairro, na construção
da passarela, da pavimentação.
Agitador cultural
Sua maior qualidade é a de ser um agitador cultural. Viotti não
parava, mesmo quando teve sua saúde debilitada, não parava! Se não era um
trabalho seu, era de outros.
Escreveu estórias infantis, contos e poemas para os Suplementos
Literários dos jornais “O Diário”, “Correio do Dia”, e “Estado de Minas” na
década de 60. É autor do texto da opereta infantil “O Macaco Rei”, encenada no
Palácio das Artes, em BH, e teatros Municipais de Juiz de Fora e São João Del Rey.
Ganhou o prêmio da Fundação Cultural de Paranavaí – PR, em 1991 e o prêmio no
concurso anual de poesias da Prefeitura de BH em 1968. Delegado da União
Brasileira de Trovadores em Brumadinho, Membro da Academia Mineira de Trovas,
onde ocupa a cadeira de nº 33; e Presidente Emérito da União Brasileira de
Trovadores – seção de BH, MG.
Em 2007 o escritor lançou o livro “Momentos Poéticos – Trovas de
Amor e Humor”, e a “História da Felicidade”. O livro trouxe participações de
dois amigos, José Tibúrcio e Amador Junior, o Amadozinho, e foi a personalidade cultural homenageada no Projeto
Espaço Cultura em Rede. Foi, ainda, homenageado pela Câmara Municipal com a
Medalha do Mérito Legislativo.
O livro “Mineiridades e Mineirices” foi lançado em 2009, um
livro que tem poesias, fotos, desenhos da filha Paolinha Viotti, carta de
Drummond, entrevistas, defesa do Esperanto, mas é um livro, sobretudo, de
“causos”, de “mineiridades ridículas”, “cômicas”, como dizia o autor..
Em 2011 lançou um livro de
trovas, causos e poemas, acompanhado de dois outros, Ary de Magalhães Viotti
Neto e Douglas Koscky Fernandes.
Em 2012 foi a vez de “Peripécias de Ubirajara” e “Nossos irmãos
trovadores”, ambos organizados por ele. Lançou ainda “Sobre o amor”, e os CDs
de música “Cantigas Mineiras” e “Minas Seresteira”-.
Não! Paulo Viotti não morreu! Ele
estará sempre presente entre nós. E, por estar presente, temos que lhe dizer: “Muito obrigado por tudo que faz por Brumadinho, por nos encantar
com sua arte, com sua dedicação, com seu amor à cultura.”
Descansa em Paz, Grande Mestre,
escritor, poeta e trovador, Paulo Viotti.
Reinaldo Fernandes, editor.
Edição 146 - Janeiro/2013
Chuvas e obras malfeitas pela Prefeitura causam danos à população
Bastaram
algumas chuvas para que Brumadinho sofresse com vários problemas. Mal tinha
acabado de ser inaugurada - ainda no período eleitoral -, a nova creche da
Prefeitura Municipal, localizada no bairro Planalto, foi interditada pela
Defesa Civil. Junto, o prédio anexo, do Programa Saúde da Família. Bastou que
chovesse um pouco para que as águas tomassem conta da construção, feita abaixo
do nível da rua Rio Paranaíba, conforme publicado pelo de fato (ver de fato nº
143, ed. nov/12)
Agora,
depois de uma chuva no dia 30 de janeiro, aconteceu novamente. Entrou tanta
água que os dois prédios tiveram que ser novamente interditados. Além das
estruturas do prédio, a água que entrou na construção molhou colchões, móveis
etc. Colchões forma prejudicados também pela lama carreada da rua.
O
atendimento do PSF – Programa Saúde da Família – do bairro do Jota foi
transferido para a Policlínica Municipal em alguns dias e, a partir do último
dia 7 de fevereiro, para o antigo endereço do PSF Jota, na Rua Rio Paraopeba,
249. Já o pessoal do PSF do Planalto foi atendido na Policlínica até o dia 8 e,
a partir do dia 14, será tendida no prédio onde funcionava anteriormente, na
Av. Nossa Senhora do Belo Ramo, 341.
Já a
criançada ficou mesmo sem sua creche, o que causa grandes problemas aos pais,
especialmente às mães, que precisam trabalhar e já tinham se organizado para
deixar os filhos na creche. Até o dia 6
de fevereiro, fechamento desta edição, o prédio continuava interditado. Segundo
uma das servidoras da unidade, além dos outros problemas, havia ainda esgoto
correndo a céu aberto.
O
obra foi executada pela Construtora Império que, segundo o jornal O TEMPO,
pertence à família do prefeito Nenen da ASA (PV).
Bairro do Carmo e Lourdes
Outro estrago feito pelas chuvas aconteceu no bairro do Carmo,
divisa com Lourdes. Na rua Custódia Maria
da Silva, Carmo, logo abaixo da Eduardo Durcesino, as águas das enxurradas
foram se acumulando e, sem conseguir sair, e pressionando o muro da casa de
Reinaldo Fernandes, acabaram derrubando-o. Foram aproximadamente 18 metros de
muro, além do arrimo, que foram abaixo.
O buraco abertos com a queda do muro levou lama e água suja para
dentro da casa do morador. Na casa do editor do jornal de fato, formou-se uma
cachoeira de um lado enquanto água suja e lama entravam na casa, mesmo com suas
portas fechadas. O terreiro da casa ficou lotado de barro e pedras e só foi
limpo por causa da imensa solidariedade de vizinhos e amigos que apareceram
para ajudar. Em posse de enxadas, rodos, baldes, mangueiras etc, voluntários,
amigos, vizinhos ajudaram a limpar tudo. O prefeito Brandão, o Secretário
Adjunto de Obras, Délcio Brito; a Secretária de Governo, Sandra Brandão e a
Defesa Civil também estiveram no local, ajudando na limpeza e observando os estragos
para tomarem as medidas necessárias.
Culpa
não é das chuvas
Mas a culpa de tanta destruição e prejuízos não foi apenas da
forte chuva. No bairro do Carmo, o
bueiro não conseguiu dar a vazão que levaria as águas para a rua Afrânio
Castanheira, atravessando o lote de terreno da casa de Fernandes e do seu
vizinho. Duas razões principais causaram o problema. A primeira foi a falta de
bueiros em todo o bairro do Carmo, acima das duas construções. Toda a água de
todas as ruas do bairro descem rumo ao bueiro da rua Custódia Maria da Silva.
Além disso, a manilha é pequena, e não dá conta de tanta água. Assim, o muro
foi pressionado e derrubado. O mesmo muro já tinha caído no dia 7 de dezembro
de 2011 e, passado mais de um ano, a Administração de Nenen da ASA não tomou
nenhuma providência, apesar das insistentes cobranças do morador. Pelo
contrário, a Administração do PV asfaltou todas as cinco ruas do bairro, o que
aumentou em muito a quantidade e a velocidade das águas.
Em sua edição de dezembro de 2011, o de fato registrou: “A
solução parece ser a colocação de outras saídas para as águas no bairro do
Carmo e colocação de manilhas com maior vazão para receber as águas que saem na
rua Maria Custódia da Silva. Sem isso, depois que os muros forem refeitos,
poderão ser novamente derrubados pela força da água.” E foi exatamente o que
aconteceu. “Gastei 9 mil reais para reconstruir o muro, e isso não tem nem 6
meses”, lamentou o morador.
Solução
Não faltam palpites deste e daquele para a solução do problema.
Mas em uma coisa as pessoas concordam: do jeito que está, a rede pluvial não
pode continuar. A solução parece mesmo ser a colocação de outras saídas para as
águas do bairro do Carmo e colocar manilhas com maior vazão para receber as águas
que saem na rua Maria Custódia da Silva. Mas quem tem que dizer isso devem ser
engenheiros capacitados na questão de redes pluviais.
Enquanto isso, a Administração Municipal fez uma contenção na
rua como forma de impedir que as enxurradas desçam direto para a casa do
morador.
Mais estragos na Presidente Vargas
Na
rua Presidente Vargas, na altura do nº 1195, mais estragos. No ano passado, a
irresponsabilidade da Administração Municipal deixou um aliado político
derramar caminhões de terras no terreno acima da rua. Com uma forte chuva, a
terra desceu, atravessou a rua e derrubou um muro, estragos mostrados inclusive
no jornal regional MGTV, da Rede Globo de Televisão. Desta vez, a terra desceu
e abriu uma cratera na rua. Da vez anterior, o responsável pela terra afirmou
que iria indenizar o dono do muro derrubado. Resta saber se desta vez ele v ai
indenizar o Poder Público pelo estrago.
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