Edição 147 -
Fevereiro/2013
“Dinis Pinheiro é alvo de investigação da PF
por uso de caixa 2 e compra de votos em Brumadinho”
3190 brumadinenses votaram
no político
Foto: Toninho Almada/Arquivo Hoje em Dia |
O deputado Dinis
Pinheiro é o tipo “boa praça”. Bonitinho, arrumadinho, sorridente, patrocina
time de futebol, visita comunidades e distribui sorriso por todo lado. No dia
da posse dos vereadores e do prefeito, cá estava o deputado, distribuindo
simpatia. O que ele geralmente não distribui são verbas no orçamento de Minas
Gerais para o Município, apesar de ser, nas duas últimas décadas, o mais votado
em Brumadinho de 4 em 4 anos. Dinheiro mesmo, ele nunca ruma para a cidade. Já
arrumou um ou outra ambulância, mas só isso. A estrada que liga Brumadinho a
Bonfim, nunca é asfaltada, apesar de tantas vezes garantido por ele que isso
aconteceria. Agora, o boa praça está sendo envolvido em acusações pesadas.
Segundo o jornal Hoje em Dia, de 8-2-13,
agora tem até Polícia Federal na jogada. “A Polícia Federal apura caixa 2 de
Dinis Pinheiro”, disse o jornal. Além disso, aqueles 3.190
votos
que ele recebeu em Brumadinho em 2010 não teriam sido gratuitos. Ele teria
comprado votos, o que é crime. Segundo Rodrigo Lopes, que assinou a matéria,
“Os federais têm em mãos farta documentação que pode complicar o futuro
político do deputado”.
“A papelada, com dezenas de recibos
originais – a maior parte deles assinada por quem recebeu o dinheiro – mostra
que Dinis, por meio de seus coordenadores de campanha, teria feito possível uso
de caixa 2 e comprado votos na eleição de 2010.
Um dos cabos eleitorais, que poderá ser
ouvido pela PF, confirma a irregularidade e apresenta documentos. Trata-se do
advogado Cláudio Augusto Teixeira (irmão do secretário de Saúde de Belo
Horizonte, Marcelo Teixeira), que foi um dos coordenadores da campanha de Dinis
em Brumadinho”, continua a reportagem.
Confirmação
Um
grupo de colaboradores da campanha do deputado confirma a irregularidade. Cláudio
Teixeira disse que distribuiu na cidade cerca de R$ 120 mil em espécie para
políticos, líderes comunitários e cabos eleitorais a pedido do deputado.
O
recebimento de R$ 36 mil está registrado em cupons fiscais, recortes de papel e
notas de abastecimento, totalizando 86 recibos. Os valores variam de R$ 20 a R$
3.900. Também fazem parte da contabilidade 25 comprovantes de abastecimento.
Juntos, eles somam R$ 1.425,64.
Segundo
a matéria, o Hoje em Dia procurou quem participou da distribuição da dinheirama
para checar a forma de pagamento e a autenticidade das assinaturas. Entre os
beneficiários encontrados, alguns são pessoas simples e desconhecem a gravidade
do ato. Outros mostraram conhecer a ilegalidade, mas apresentaram indiferença.
Na maioria dos depoimentos, as declarações são idênticas: eles reconhecem as
assinaturas como sendo verdadeiras e confirmam a versão de Cláudio Teixeira,
que sustenta que os pagamentos de R$ 3.800 foram realizados em espécie.
Nenhum comentário:
Postar um comentário