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quarta-feira, 13 de março de 2013


Edição 147 - Fevereiro/2013
 “Dinis Pinheiro é alvo de investigação da PF por uso de caixa 2 e compra de votos em Brumadinho”
3190 brumadinenses votaram no político
Foto: Toninho Almada/Arquivo Hoje em Dia

O deputado Dinis Pinheiro é o tipo “boa praça”. Bonitinho, arrumadinho, sorridente, patrocina time de futebol, visita comunidades e distribui sorriso por todo lado. No dia da posse dos vereadores e do prefeito, cá estava o deputado, distribuindo simpatia. O que ele geralmente não distribui são verbas no orçamento de Minas Gerais para o Município, apesar de ser, nas duas últimas décadas, o mais votado em Brumadinho de 4 em 4 anos. Dinheiro mesmo, ele nunca ruma para a cidade. Já arrumou um ou outra ambulância, mas só isso. A estrada que liga Brumadinho a Bonfim, nunca é asfaltada, apesar de tantas vezes garantido por ele que isso aconteceria. Agora, o boa praça está sendo envolvido em acusações pesadas. Segundo o jornal  Hoje em Dia, de 8-2-13, agora tem até Polícia Federal na jogada. “A Polícia Federal apura caixa 2 de Dinis Pinheiro”, disse o jornal. Além disso, aqueles 3.190 votos que ele recebeu em Brumadinho em 2010 não teriam sido gratuitos. Ele teria comprado votos, o que é crime. Segundo Rodrigo Lopes, que assinou a matéria, “Os federais têm em mãos farta documentação que pode complicar o futuro político do deputado”.
“A papelada, com dezenas de recibos originais – a maior parte deles assinada por quem recebeu o dinheiro – mostra que Dinis, por meio de seus coordenadores de campanha, teria feito possível uso de caixa 2 e comprado votos na eleição de 2010.
Um dos cabos eleitorais, que poderá ser ouvido pela PF, confirma a irregularidade e apresenta documentos. Trata-se do advogado Cláudio Augusto Teixeira (irmão do secretário de Saúde de Belo Horizonte, Marcelo Teixeira), que foi um dos coordenadores da campanha de Dinis em Brumadinho”, continua a reportagem.

Confirmação

Um grupo de colaboradores da campanha do deputado confirma a irregularidade. Cláudio Teixeira disse que distribuiu na cidade cerca de R$ 120 mil em espécie para políticos, líderes comunitários e cabos eleitorais a pedido do deputado.
O recebimento de R$ 36 mil está registrado em cupons fiscais, recortes de papel e notas de abastecimento, totalizando 86 recibos. Os valores variam de R$ 20 a R$ 3.900. Também fazem parte da contabilidade 25 comprovantes de abastecimento. Juntos, eles somam R$ 1.425,64.
Segundo a matéria, o Hoje em Dia procurou quem participou da distribuição da dinheirama para checar a forma de pagamento e a autenticidade das assinaturas. Entre os beneficiários encontrados, alguns são pessoas simples e desconhecem a gravidade do ato. Outros mostraram conhecer a ilegalidade, mas apresentaram indiferença. Na maioria dos depoimentos, as declarações são idênticas: eles reconhecem as assinaturas como sendo verdadeiras e confirmam a versão de Cláudio Teixeira, que sustenta que os pagamentos de R$ 3.800 foram realizados em espécie.


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