Edição 147 -
Fevereiro/2013
Rua Rio Paranaíba: só
bagunça!
Um barranco separa as duas pistas |
No dia 1º de março, à tarde, a reportagem do de fato
foi acionada por uma moradora da Rua Rio
Paranaíba, no bairro Planalto. Um ônibus transportando trabalhadores tinha
ficado agarrado no barro que toma conta de meia pista da rua. O motorista, que
culpa nenhuma tinha, ainda foi obrigado pela empresa a pagar R$ 100,00 em táxi
para transportar os trabalhadores, enquanto esperava que uma máquina fosse
guinchar o ônibus.
O relato acima é apenas um “detalhe” na bagunçada rua
Rio Paranaíba. Bagunça que, segundo os
moradores com que a reportagem conversou, já dura vários meses, com uma piora
substancial nos últimos dois.
Trapalhadas uma atrás da outra
A rua está em estado lastimável. Estreita, meia pista
está asfaltada, com vários buracos feitos pela COPASA. A outra metade, é chão
puro. Porém, o mais impressionante é a
diferença de nível entre as duas metades da pista: a metade de baixo, em um
trecho de uns 30 metros, está a quase meio metro da outra parte, formando
praticamente um barranco. Ali, água de chuva, misturada com esgoto, se acumula
a céu aberto. A COPASA, dizem os moradores, já esteve no local mas, como é de
costume da estatal, o serviço fica sempre pelas metades. “De vez em quando eles
aparecem, jogam essa terra esquisita aí (apontando para a terra) em cima do
esgoto e não resolve nada”, reclama uma moradora.
Pau que nasce torto...
Os problemas da rua são antigos e forma agravados na
Administração Municipal anterior. Abaixo da rua havia, antigamente, uma lagoa,
formada a partir de um córrego com nascente a uns 900 metros acima. Mais tarde,
sem a lagoa, corria o córrego, onde era despejado o esgoto dos moradores da
redondeza. Desde início do governo de Nery Braga, em 1999, os moradores
esperaram que saísse do papel o projeto de construção de uma praça. Não saiu.
Na Administração de 2001 a 2004 (Tunico da Bruma),
depois da organização de moradores e muitas idas à Câmara, foi canalizado o
esgoto, embora misturando-o com o córrego.
Na última administração, a trapalhada foi geral. Duas
obras foram feitas em cima da antiga lagoa e em cima do córrego de esgoto e
água. Ali estão construídas uma unidade de saúde e uma creche do programa
federal “Brasil Carinhoso”. Em cima da lagoa e abaixo do nível da rua.
Inauguradas às pressas no período eleitoral, as duas obras estão agora
interditadas. Na creche, as aulas não puderam ter início e quando tiveram, a
Prefeitura se viu obrigada a alugar outro espaço (Centro de Líderes).
Bagunça generalizada
Os problemas são muitos. Do lado de cima da unidade de
saúde, água da chuva está acumulada ao lado do muro. Dentro da unidade, o
esgoto sai pela caixa. Águas de chuva entraram nos prédios, uma vez que eles
estão construídos abaixo do nível da rua. Bens públicos foram destruídos. O
obra foi executada pela Construtora Império que, segundo o jornal O TEMPO,
pertence à família do ex-prefeito Nenen da ASA (PV).
Enquanto as providências não são tomadas, os moradores
da rua e os demais cidadãos que precisam usar a vias vão convivendo com lama,
meia pista, esgoto. Logo acima, um “bota-fora” de terra e um grande
buraco.
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