Edição 147 -
Fevereiro/2013
O aeroporto de Brumadinho
Informações ainda são
desencontradas
Mais
uma vez um jornal regional anunciou a criação de um aeroporto em Brumadinho.
Não é a primeira vez, e as informações são sempre meio desencontradas. Segundo
matéria assinada pelo jornalista Pedro Rocha Franco, em O Estado de
Minas de 16 de fevereiro, “a Prefeitura de Brumadinho,
em parceria com a iniciativa privada, prepara a construção de uma unidade na
cidade para atender o público visitante do Instituto de Arte Contemporânea e
Jardim Botânico Inhotim e do município e principalmente facilitar o transporte
de moradores do Vetor Sul, que dependem basicamente do Aeroporto Internacional
Tancredo Neves, em Confins, na Grande BH.”
A
matéria ainda diz que “A prefeitura recebe até o fim do mês o projeto básico de
engenharia e o plano diretor, o que deve contribuir para indicar o
direcionamento dos investimentos. A partir dos estudos será possível estimar os
valores necessários para a construção e outros detalhes, como o cronograma de
implantação. A estimativa inicial é de que a conclusão do empreendimento seja
feita em pelo menos quatro anos, considerando a necessidade de se obter
licenças ambientais e alvarás e ainda a construção de vias de acesso. A Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac) inclusive já deu aval para a construção.” No
entanto, a reportagem do de fato, no último dia 4 de março, tentou confirmar as
informações com a Administração e não conseguiu uma versão oficial do
Governo.
Localização
duvidosa
Segundo
O Estado de Minas, “o aeroporto ficaria localizado nas proximidades da Região
de Melo Franco, entre a sede do município e a serra (sic!) de Brumadinho. Por
se tratar de uma área pouco habitada, o custo das desapropriações seria menor.
A expectativa é de que os investimentos sejam divididos entre a prefeitura e a
iniciativa privada, podendo também haver participação do estado. Ficaria a
cargo do empresário Bernardo Paz, proprietário do Inhotim, a atração de
empresas para firmar uma parceria público-privada (PPP).” Mas, em matéria assinada por Maria Miranda, do
Jornal Edição do Brasil de 1º de abril de 2012, a conversa era outra: “A
localização já está definida. Trata-se de uma fazenda situada no Varjão. O
espaço é ideal para a implantação e já foi aprovado pelas autoridades e órgãos
competentes.”
Prazo para construção
O mesmo Edição do Brasil garantiu, há um
atrás, que “A
previsão é que até o fim deste ano as obras de construção do novo
empreendimento comecem, para que em 2014 o aeroporto entre em operação.” Não
começou! Há um ano atrás o Edição do brasil informou que Nery Braga, ex-secretário
de Governo teria afirmado que “o empenho do prefeito Avimar Barcelos e do
Inhotim foram fundamentais para o parecer da Anac.” “A atitude foi extremamente
profissional, já que, em aviação, qualquer detalhe pode gerar consequências
graves”, teria dito Braga. “Com relação aos custos e recursos para construção e
implementação da obra, Braga afirma: “Esta questão ainda está em fase de
estudo, mas certamente haverá parceria com o Estado e outros entes de
importância vital. Com relação aos custos, a previsão inicial é de R$ 183
milhões”, registrara o Edição, bem diferente do que registrou um ano depois O
Estado de Minas: “A partir dos estudos será possível estimar os valores
necessários para a construção.”
O Estado
de Minas trouxe ainda na matéria mais recente a informação de que “as primeiras
conversas com as empresas que operam voos regionais (Azul e Trip) já foram
feitas para mostrar a viabilidade da operação. A ideia é manter pelo menos um
voo regional por semana. Para isso, a proposta da prefeitura é construir uma
pista de pouso com capacidade para receber aviões de até 72 passageiros (ATR
72). No mais, a operação seria voltada para aviões particulares, podendo servir
para executivos de empresas com atuação no Vetor Sul.”
Agora
é torcer para que as ideias saiam do papel e alcem voos. Rapidamente.
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