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quarta-feira, 13 de março de 2013


Edição 147 - Fevereiro/2013
O aeroporto de Brumadinho
Informações ainda são desencontradas

Mais uma vez um jornal regional anunciou a criação de um aeroporto em Brumadinho. Não é a primeira vez, e as informações são sempre meio desencontradas. Segundo matéria assinada pelo jornalista Pedro Rocha Franco, em O Estado de Minas de 16 de fevereiro, “a Prefeitura de Brumadinho, em parceria com a iniciativa privada, prepara a construção de uma unidade na cidade para atender o público visitante do Instituto de Arte Contemporânea e Jardim Botânico Inhotim e do município e principalmente facilitar o transporte de moradores do Vetor Sul, que dependem basicamente do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Grande BH.”
A matéria ainda diz que “A prefeitura recebe até o fim do mês o projeto básico de engenharia e o plano diretor, o que deve contribuir para indicar o direcionamento dos investimentos. A partir dos estudos será possível estimar os valores necessários para a construção e outros detalhes, como o cronograma de implantação. A estimativa inicial é de que a conclusão do empreendimento seja feita em pelo menos quatro anos, considerando a necessidade de se obter licenças ambientais e alvarás e ainda a construção de vias de acesso. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) inclusive já deu aval para a construção.” No entanto, a reportagem do de fato, no último dia 4 de março, tentou confirmar as informações com a Administração e não conseguiu uma versão oficial do Governo. 

Localização duvidosa

Segundo O Estado de Minas, “o aeroporto ficaria localizado nas proximidades da Região de Melo Franco, entre a sede do município e a serra (sic!) de Brumadinho. Por se tratar de uma área pouco habitada, o custo das desapropriações seria menor. A expectativa é de que os investimentos sejam divididos entre a prefeitura e a iniciativa privada, podendo também haver participação do estado. Ficaria a cargo do empresário Bernardo Paz, proprietário do Inhotim, a atração de empresas para firmar uma parceria público-privada (PPP).” Mas, em matéria assinada por Maria Miranda, do Jornal Edição do Brasil de 1º de abril de 2012, a conversa era outra: “A localização já está definida. Trata-se de uma fazenda situada no Varjão. O espaço é ideal para a implantação e já foi aprovado pelas autoridades e órgãos competentes.”
Prazo para construção

O mesmo Edição do Brasil garantiu, há um atrás,  que “A previsão é que até o fim deste ano as obras de construção do novo empreendimento comecem, para que em 2014 o aeroporto entre em operação.” Não começou! Há um ano atrás o Edição do brasil informou que Nery Braga, ex-secretário de Governo teria afirmado que “o empenho do prefeito Avimar Barcelos e do Inhotim foram fundamentais para o parecer da Anac.” “A atitude foi extremamente profissional, já que, em aviação, qualquer detalhe pode gerar consequências graves”, teria dito Braga. “Com relação aos custos e recursos para construção e implementação da obra, Braga afirma: “Esta questão ainda está em fase de estudo, mas certamente haverá parceria com o Estado e outros entes de importância vital. Com relação aos custos, a previsão inicial é de R$ 183 milhões”, registrara o Edição, bem diferente do que registrou um ano depois O Estado de Minas: “A partir dos estudos será possível estimar os valores necessários para a construção.”
O Estado de Minas trouxe ainda na matéria mais recente a informação de que “as primeiras conversas com as empresas que operam voos regionais (Azul e Trip) já foram feitas para mostrar a viabilidade da operação. A ideia é manter pelo menos um voo regional por semana. Para isso, a proposta da prefeitura é construir uma pista de pouso com capacidade para receber aviões de até 72 passageiros (ATR 72). No mais, a operação seria voltada para aviões particulares, podendo servir para executivos de empresas com atuação no Vetor Sul.”
Agora é torcer para que as ideias saiam do papel e alcem voos. Rapidamente. 

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