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terça-feira, 17 de junho de 2014

Edição 162 – Maio/2014
Dia Mundial do Meio AmbienteA mudança está em tuas mãos."
Córrego Ferreira, Palhano e condomínios podem desaparecer


A notícia abaixo confirma que a mineradora Ferrous tem planos para impactar toda a região. Imagine uma pilha gigantesca de entulhos de mineração bem em cima do Córrego Ferreira!
Qual seria o impacto disso sobre sua comunidade, seu bairro ou seu condomínio? E as águas? Como ficam depois do rebaixamento do lençol freático? Essa é a preocupação de moradores desta região do Município em plena comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente.A mudança está em tuas mãos."
Segundo José Luiz Bones, morador de Córrego Ferreira e ex-Secretário de Planejamento de Brumadinho, o Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM - julgou procedente impugnação da ONG Abrace a Serra da Moeda contra processos da Ferrous na Serrinha, na Serra da Moeda, em Brumadinho.
No início de abril de 2014, o DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) analisou o pedido de lavra da Ferrous na Serrinha, bem como a impugnação a ele feita pela ONG Abrace a Serra da Moeda, em 2011.
A organização Abrace a Serra da Moeda, na ação de impugnação às atividades da mineradora na região foram apresentadas uma série de irregularidades técnicas e jurídicas no Relatório de Pesquisa e no Plano de Aproveitamento Econômico da empresa. O DNPM as considerou procedentes e, junto com outros problemas detectados por ele, concluiu que o pedido de lavra na Serrinha está insatisfatório para outorga. Cabe à empresa sanar as irregularidades no prazo de 60 dias, prorrogáveis por igual período.

Exigências feitas pelo DNPM

Entre as exigências feitas pelo DNPM está a de que a empresa deve apresentar “atestado de capacidade financeira no valor de R$ 3,3 bilhões, uma vez que o atestado anterior, de R$ 40 milhões, é muito inferior ao valor previsto para o investimento na mina”. A empresa deve refazer o projeto de lavra para a Serrinha, uma vez que o projeto apresenta valores incompatíveis tanto de reserva recuperada, quanto de volume das pilhas de estéril e de mão de obra, além de não especificar como será a drenagem e disposição das águas oriundas do rebaixamento do lençol freático, não prever a construção de uma estrada descendo a Serra da Moeda para transporte de estéril para pilha localizada no Córrego Ferreira e outras irregularidades que comprometem a qualidade do projeto de implantação da mina Serrinha. A Ferrous precisa, ainda, regularizar as falhas no programa de gerenciamento de riscos e de controle médico e de saúde ocupacional dos trabalhadores; complementar o projeto de controle de impacto ambiental e de monitoramentos ambientais previstos; rever o fluxo de caixa, acertando a vida útil da mina e incorporando custos omitidos no projeto, como a ferrovia, embarque do minério, investimentos com o mineroduto e custos advindos do termo de parceria entre as ela e Vale.

Enquanto a Ferrous não atender as exigências, a mineração na Serrinha segue impedida.

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