Edição 186 – Maio 2016
NACIONAL
Temer elimina os ministérios mais importantes para combater a
desigualdade no País
No primeiro dia depois de tomar posse interina no Governo Federal, o
vice-presidente Michel Temer (PMDB) mostrou o caráter reacionário e de direita
de seu governo. Temer, com o discurso da
economia, acabou com vários ministérios muito importantes para os trabalhadores
e a parcela mais pobre e discriminada da sociedade brasileira.
O presidente interino acabou com os Ministérios do Desenvolvimento Agrário, da Cultura,
das Comunicações, Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos
Humanos; Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República;
Controladoria-Geral da União; Secretaria de Portos da Presidência da República;
Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República; Controladoria-Geral da
União; Casa Militar da Presidência República. Além disso, seu ministério foi
formado apenas por homens, brancos, sem nenhuma mulher, negro ou jovem, o que
gerou críticas no mundo inteiro.
Ministério da Cultura e das
Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos
Entre as medidas mais polêmicas estão o fim do Ministério da
Cultura, que se uniu ao de Educação, comandado pelo deputado federal
pernambucano Mendonça Filho (DEM). Foi a primeira vez, desde o governo de
Geisel – na Ditadura Militar - que o Brasil fica sem uma pasta exclusiva para a
Cultura. Depois de muita luta da sociedade artística, ocupações em vários
estados brasileiros, o interino se viu obrigado a mudar de ideia e a voltar
atrás em sua decisão.
Pasta criada para dar visibilidade e garantir o direito de
minorias, o Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos
foi extinto. Os temas referentes à antiga pasta serão, agora, supostamente
discutidos no âmbito do Ministério da Justiça e Cidadania. E quem fica a frente
de todas essas questões é Alexandre de Moraes. Ex-secretário de Segurança
Pública de São Paulo, Alexandre é acusado de ter ligações com a facção
criminosa PCC para fazer lavagem de dinheiro. Apesar de estar listado como um
dos 123 advogados do caso, Alexandre negou participação no processo.
Ele também já foi advogado de defesa do presidente afastado da
Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. O novo ministro também é acusado de
aumentar a violência policial durante o tempo que foi responsável pela
segurança de São Paulo, em 2015.
Controladoria-Geral da União é extinta
A presidenta Dilma Rousseff (PT) foi afastada acusada de
corrupção que não cometeu. Apesar disso, Temer extinguiu o principal órgão
responsável dentro do governo federal pelo combate à corrupção, a
Controladoria-Geral da União. Foi ela, inclusive, que fiscalizou Brumadinho e
provou que o ex-prefeito Nenem da ASA (PV) executou obras no valor de R$ 20
milhões r exigiu a devolução de mais de R$ 5 milhões pelo ex-prefeito.
Com a extinção da Controladoria-Geral da União o País fica mais
vulnerável à corrupção.
Apesar do discurso de economia, Temer também autorizou a
criação de dois novos cargos.
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