Edição nº 101 – Junho/2009
Espaço poético
Trazemos nesta edição mais cinco poesias. A primeira, “Sobrevivo”, é da Dirlayne, nossa amiga de BH que faz Relações Públicas na Faculdade Anhanguera e concorreu com três trabalhos. “Poema de Aprendiz” é de nossa amiga Inez Lage Faria, pintora, professora, poeta e grande leitora. Gérson Fernando Rios, o Tcheco, um dos vencedores do nosso II Concurso, vem com “Reversível coração”. O nosso velho conhecido Fred Friche vem com “Saudade”. E fechamos este conjunto com “Serra Minha”, de Luiz Carlos dos Santos Cunha.
SOBREVIVO!
Seria fácil dizer
Por que o amor fracassou
Colocamos culpa um no outro
Depois que carinho acabou.
Os planos que tracei
Pra mim tiveram importância
Pra você não passaram
De sonhos de criança.
Já passei noites inteiras
Preparando-te surpresas
Sentimentos gigantescos
Em troca de miudezas.
Registrei no meu presente
Todas as fotos que guardo
Pois recordo a saudade
De quem já ficou no passado.
Provei e comprovei meu amor
De várias formas e maneiras
Faltou pouco pra lhe dar
O céu e as estrelas.
Anulei-me várias vezes
Somente pra te agradar
Raras vezes eu merecia
Um singelo e simples olhar.
Dediquei meus pensamentos
Planos futuros que fiz
Mas nem quis imaginar
Ao meu lado ser feliz.
Guardei dentro do peito
Algumas opiniões
Pra caber tanto amor
Nem se tivesse dois corações.
Caminhei até você
Implorando seu perdão
Jogou fora meu amor
Tripudiou em meu coração.
Resolvi tentar viver
Sobreviver sem você
Hoje sei que não faz falta
Alguém que me fez sofrer!
Poeta: Dirlayme Mayre da Silva Costa – Pseudônimo: Kayssa Mylla
POEMA DA AMIGA APRENDIZ
Quero ser a tua amiga
Nem demais e nem de menos
Nem tão longe nem tão perto
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te, sem medida,
e ficar na tua vida
da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade.
Sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar quando for hora de calar,
e sem calar, quando for hora de falar...
Nem ausente nem presente
por demais,
simplesmente, calmamente,
ser-te paz...
É bonito ser amiga.
Mas confesso, é tão difícil
aprender!
E por isso eu te suplico
Paciência.
Vou encher este teu rosto
de lembranças!
Dá-me tempo de acertar
nossas distâncias!...
Poeta: Inez Lage Faria – Pseudônimo: Fênix
Reversível coração
Ao clamor da alma e do sofrimento,
ladrou ao mundo, a língua, pelo alento.
meu silêncio, talvez fosse no conflito,
Mais forte que o meu próprio ”grito”.
Energia de ativação, de brusca reação.
Voz reagente e um instável produto:
[Espírito triste precipitado, volátil solução].
Reversível à mesma voz, no vazio infinito.
Na reação da vontade humana, vejo.
A formação do nobre produto: Paz, vida.
Na proporção estequiométrica definida.
Pela volátil matemática do seu desejo.
Na busca da perfeição duradoura,
com a mistura do forte e do fraco,
obtenho a tenaz têmpera do aço,
para todo espírito e a pessoa.
Ingenuamente do tempo esqueço:
Pela energia, no fim e desde o começo,
da tendência de toda matéria
em retornar à primitiva forma.
Mais forte que o meu próprio grito.
Meu silêncio, talvez fosse no conflito.
Se o silêncio representasse o artifício
e resignação do metal de sacrifício.
Sendo o tempo pretérito e eu imperfeito,
homem semelhante dissolve semelhante,
na impossibilidade, de novo experimente.
Conclui- se: Bate um coração dentro do peito.
Poeta: Gérson Fernando Rios – Pseudônimo: Tcheco
Saudade
To vazio, sem graça, estranho, não entendo.
Vício, paixão?
Não, paixão não, amor, devoção.
Querer, não ter
Tenho não posso tocar
Muito menos abraçar
Mais tenho, sei que tenho
Não é suficiente
Sem estar perto, coração sente
Corpo ausente, desejo ardente.
Espero, dias longos,
Noites sem estrelas, céu vazio
Onde está a lua?
Saudade continua.
Dor sem sangrar
Pior dor de segurar
E a saudade?
Essa é constante
Aumenta a cada instante
O que mais surpreende é ter você perto
Dentro, no interior da alma
Mais não encontro, to perdido
Mas sigo, vou, caminho.
Com certezas, não dúvidas.
Sei que estou vagando, não ter como pisar
Vou me achar, braços abertos a esperar
Seu corpo, completar vida, seguir em frente
Unir pra valer, viver, desfrutar,
Enfim amar.
Poeta: Frederik Friche Maciel – Pseudônimo: Fred Friche
SERRA MINHA
Ó Serra, Serra minha,
Que com sua beleza nos encanta...
És o motivo da minha inspiração,
Mas sua devastação me espanta.
Não dá para entender o que leva o homem,
Que sem coração te trata com tamanho desprezo...
Ele deveria contigo ter mais carinho,
E com muito amor te tratar com mais zelo.
Ele só não entende que,
Você pode até ser um meio sustentável.
Mas me diga...
Por que ele não pode ser mais amável.
Sei que os minerais que você fornece
Faz com que o mundo se desenvolva.
Mas se para isso ele rouba sua beleza,
Então nem que seja em partes, devolva.
Ó Serra, Serra minha,
Meu coração por ti chora.
E me dói muito saber
Que essas tais mineradoras,
Sua beleza um dia
Elas levarão embora.
Poeta: Luiz Carlos dos Santos Cunha – Pseudônimo: Hansks
Espaço poético
Trazemos nesta edição mais cinco poesias. A primeira, “Sobrevivo”, é da Dirlayne, nossa amiga de BH que faz Relações Públicas na Faculdade Anhanguera e concorreu com três trabalhos. “Poema de Aprendiz” é de nossa amiga Inez Lage Faria, pintora, professora, poeta e grande leitora. Gérson Fernando Rios, o Tcheco, um dos vencedores do nosso II Concurso, vem com “Reversível coração”. O nosso velho conhecido Fred Friche vem com “Saudade”. E fechamos este conjunto com “Serra Minha”, de Luiz Carlos dos Santos Cunha.
SOBREVIVO!
Seria fácil dizer
Por que o amor fracassou
Colocamos culpa um no outro
Depois que carinho acabou.
Os planos que tracei
Pra mim tiveram importância
Pra você não passaram
De sonhos de criança.
Já passei noites inteiras
Preparando-te surpresas
Sentimentos gigantescos
Em troca de miudezas.
Registrei no meu presente
Todas as fotos que guardo
Pois recordo a saudade
De quem já ficou no passado.
Provei e comprovei meu amor
De várias formas e maneiras
Faltou pouco pra lhe dar
O céu e as estrelas.
Anulei-me várias vezes
Somente pra te agradar
Raras vezes eu merecia
Um singelo e simples olhar.
Dediquei meus pensamentos
Planos futuros que fiz
Mas nem quis imaginar
Ao meu lado ser feliz.
Guardei dentro do peito
Algumas opiniões
Pra caber tanto amor
Nem se tivesse dois corações.
Caminhei até você
Implorando seu perdão
Jogou fora meu amor
Tripudiou em meu coração.
Resolvi tentar viver
Sobreviver sem você
Hoje sei que não faz falta
Alguém que me fez sofrer!
Poeta: Dirlayme Mayre da Silva Costa – Pseudônimo: Kayssa Mylla
POEMA DA AMIGA APRENDIZ
Quero ser a tua amiga
Nem demais e nem de menos
Nem tão longe nem tão perto
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te, sem medida,
e ficar na tua vida
da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade.
Sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar quando for hora de calar,
e sem calar, quando for hora de falar...
Nem ausente nem presente
por demais,
simplesmente, calmamente,
ser-te paz...
É bonito ser amiga.
Mas confesso, é tão difícil
aprender!
E por isso eu te suplico
Paciência.
Vou encher este teu rosto
de lembranças!
Dá-me tempo de acertar
nossas distâncias!...
Poeta: Inez Lage Faria – Pseudônimo: Fênix
Reversível coração
Ao clamor da alma e do sofrimento,
ladrou ao mundo, a língua, pelo alento.
meu silêncio, talvez fosse no conflito,
Mais forte que o meu próprio ”grito”.
Energia de ativação, de brusca reação.
Voz reagente e um instável produto:
[Espírito triste precipitado, volátil solução].
Reversível à mesma voz, no vazio infinito.
Na reação da vontade humana, vejo.
A formação do nobre produto: Paz, vida.
Na proporção estequiométrica definida.
Pela volátil matemática do seu desejo.
Na busca da perfeição duradoura,
com a mistura do forte e do fraco,
obtenho a tenaz têmpera do aço,
para todo espírito e a pessoa.
Ingenuamente do tempo esqueço:
Pela energia, no fim e desde o começo,
da tendência de toda matéria
em retornar à primitiva forma.
Mais forte que o meu próprio grito.
Meu silêncio, talvez fosse no conflito.
Se o silêncio representasse o artifício
e resignação do metal de sacrifício.
Sendo o tempo pretérito e eu imperfeito,
homem semelhante dissolve semelhante,
na impossibilidade, de novo experimente.
Conclui- se: Bate um coração dentro do peito.
Poeta: Gérson Fernando Rios – Pseudônimo: Tcheco
Saudade
To vazio, sem graça, estranho, não entendo.
Vício, paixão?
Não, paixão não, amor, devoção.
Querer, não ter
Tenho não posso tocar
Muito menos abraçar
Mais tenho, sei que tenho
Não é suficiente
Sem estar perto, coração sente
Corpo ausente, desejo ardente.
Espero, dias longos,
Noites sem estrelas, céu vazio
Onde está a lua?
Saudade continua.
Dor sem sangrar
Pior dor de segurar
E a saudade?
Essa é constante
Aumenta a cada instante
O que mais surpreende é ter você perto
Dentro, no interior da alma
Mais não encontro, to perdido
Mas sigo, vou, caminho.
Com certezas, não dúvidas.
Sei que estou vagando, não ter como pisar
Vou me achar, braços abertos a esperar
Seu corpo, completar vida, seguir em frente
Unir pra valer, viver, desfrutar,
Enfim amar.
Poeta: Frederik Friche Maciel – Pseudônimo: Fred Friche
SERRA MINHA
Ó Serra, Serra minha,
Que com sua beleza nos encanta...
És o motivo da minha inspiração,
Mas sua devastação me espanta.
Não dá para entender o que leva o homem,
Que sem coração te trata com tamanho desprezo...
Ele deveria contigo ter mais carinho,
E com muito amor te tratar com mais zelo.
Ele só não entende que,
Você pode até ser um meio sustentável.
Mas me diga...
Por que ele não pode ser mais amável.
Sei que os minerais que você fornece
Faz com que o mundo se desenvolva.
Mas se para isso ele rouba sua beleza,
Então nem que seja em partes, devolva.
Ó Serra, Serra minha,
Meu coração por ti chora.
E me dói muito saber
Que essas tais mineradoras,
Sua beleza um dia
Elas levarão embora.
Poeta: Luiz Carlos dos Santos Cunha – Pseudônimo: Hansks
Nenhum comentário:
Postar um comentário