Edição 184 –
Março 2016
Dilma propõe pacto nacional, mas impõe
condições
Respeito ao voto, fim das pautas-bomba
e reforma Política; tentar
derrubar uma Presidente sem crime de responsabilidade é um insulto a todos os
eleitores
A Presidenta Dilma Rousseff propôs, no dia 7/4,
um pacto nacional pela governabilidade, mas impôs algumas condições para isso.
Em discurso durante o Encontro com Mulheres em Defesa da Democracia, em
Brasília, Dilma também rechaçou qualquer possibilidade de renuncia ao Governo.
“Eu nunca me opus a pactos que possam
oferecer saídas para crise. Eu quero um entendimento nacional, pois governo
para todos. O pacto tem algumas condições: respeito ao voto, o fim das
pautas-bomba no Congresso, unidade pela aprovação de reformas, retomada do
crescimento, preservação de todos os direitos conquistados e a necessária
reforma política”, afirmou.
Para continuar: “Nenhum pacto pode ser
discutido se não respeitar os 54 milhões de brasileiros e brasileiras que
votaram em mim. Devem ser respeitados os que não votaram em mim, mas
participaram das eleições e acreditam nas regras da Democracia. Nenhum pacto
sobreviverá se não tiver respeito pela Democracia”, seguiu e completou: “muitos
deles têm clareza da fragilidade do processo e defendem que eu renuncie. Não
devo ser submetida a impeachment por um motivo muito simples: não cometi crime
de responsabilidade”, disse.
Golpe de Estado
A Presidenta voltou a denunciar o Golpe de
Estado que a oposição, por meio do impeachment, defende. "O que está em
questão é respeitar as regras democráticas. Tentar derrubar uma Presidente sem
crime de responsabilidade é um insulto a todos os eleitores. A eleição estará
sendo desmoralizada com o Golpe”.
Dilma informou que determinou ao ministro
da Justiça, Eugênio Aragão, que investigue o que chamou de vazamentos
seletivos. “Na trama golpista, destaco o uso de vazamentos seletivos,
direcionados com claro objetivo de criar ambiente propício ao Golpe. Determinei
a rigorosa apuração de responsabilidade por vazamento recente, como tomar
medidas judiciais cabíveis. Passou dos limites a seleção clara de vazamentos”,
alertou Dilma no dia da divulgação de partes da delação premiada de executivos
da empreiteira Andrade Gutierrez.
Por fim, a petista anunciou que irá
processar a revista IstoÉ por matéria considerada machista. "É um texto
muito baixo".
Alisson
Matos, editor do site Conversa Afiada
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