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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012


Edição 132-Dezembro/2011 - 2ª Edição
Espaço Poético

Trazemos nesta edição mais 3 poesias do V Concurso de Poesias do Jornal de fato. Trazemos mais 4 trabalhos vencedores do prêmio “As 10 Melhores”. Eles são da autoria de Amélia Luz, Sinval Guedes e Maria Gertrudes.
Amélia Luz emplacou todas as três entre as “10 Melhores”: “Celeiro do tempo” (já publicada na ed.129), “O fotógrafo” e “Mulheres camponesas” (já publicada na ed.130). Moradora de Pirapetinga, escreve também crônicas, contos, e já recebeu várias premiações. É autora do livro “Pousos e Decolagens”.
O belorizontino Sinval Guedes atua como professor, e está preparando um livro de poesias para lançamento em breve. Inscreveu-se no concurso com três poemas: “Primeiro Olhar”, “Parte de mim”, “Saudades do que sou!". As duas últimas foram escolhidas como “As 10 melhores” e as publicamos nesta edição. 
Maria Gertrudes Horta Greco, poeta de Guaratinguetá, localizada na região do Vale do Paraíba, em SP, já publicou 3 livros de poesias e sonetos, intitulados “Vida... Paraíso...”, “Como água...” e “Buscando Eternamente”, além de ter publicações em várias coletâneas literárias. Escreve também trovas e contos. É, além de tudo, pianista. Concorreu com “Constantemente” (publicada na ed.de nº 129), “Vida” e “Paciente” e emplacou as duas primeiras entre as “10 melhores”.  Nesta edição trazemos “Vida”.
Vamos aos poemas!

V Concurso de Poesias do Jornal de fato – 2011

O Fotógrafo

Poeta: Amélia Luz

Vencedora do prêmio “As 10 Melhores”

Poeta, da imagem, poeta!
Um olhar desocupado,
uma alma sensível
emoções pulsando fortes...
A cena, o anonimato, a cena,
sensual ou ingênua, a cena!!!
O clique mágico, a prontidão.
a obra prima nascendo da percepção.
Alvos certeiros: ternura, amor, humor
ou dor, páginas comuns da vida!
Profundidade espelhada na imagem
guardada, gravada na memória.
Olhos que descobrem relíquias
farejadores de novidade
além da aparência fria.
Olhos que filmam,
Olhos que filtram,
Olhos que refinam
eternizando momentos passageiros!
A câmara a tiracolo,
extensão de si mesmo,
o novo, o antigo, o desconhecido,
a amplidão, a descoberta!
O visível foco tímido a registrar...
Vida brotando explosiva,
colorida ou em preto e branco.
O casual sem pose
o achado inesperado
o sorriso guardado no álbum de família
ou dependurado na parede...
Assim, o artista da imagem
revela cenas e se revela
no que capta, observador que é,
da vida em sensibilidade.
O fotógrafo, na verdade,
aprisiona fatos em fotos
construindo a história em imagens!
Escreve poemas sob "spots"
convencendo com o seu olho espião
vivências que nascem do coração...


Parte de mim

Poeta: Sinval Guedes

Vencedora do prêmio “As 10 Melhores”

Que o medo que sinto não me impeça de lutar.
Que a coragem que tenho não me faça tropeçar.
Se tropeçar, que essa coragem me deixe levantar e caminhar,
Porque ora sou eu, ora não sei quem sou.

Que a garota que amo eu possa sempre amar,
Mesmo que um dia tenhamos que nos deixar.
Que minha fala não me prejudique,
Porque ora falo muito, ora não sei o que falar.

Que minha vontade de caminhar me permita ir e, se preciso voltar.
Que no espelho à minha frente eu veja minha face
E entenda como o tempo passa,
Porque ora caminho muito, ora preciso parar.

Que o silêncio, de que agora preciso, me fale cada vez mais.
Que a resposta, que não sei, me seja dada em cada amanhecer,
Porque minha vida, ora vive ora morre.
Que a saudade, que agora sinto, eu possa sempre sentir.
Que a vida, que agora vivo, eu viva de coração.

Porque parte de mim é riso e a outra parte choro.
Parte de mim é o que faço a outra parte o que deixo de fazer.
Parte de mim sou eu, a outra parte você.
Enfim!  Parte de mim é o amor a outra parte também.


Saudades do que sou!

Poeta: Sinval Guedes

Vencedora do prêmio “As 10 Melhores”

Fala aos meus ouvidos a voz que não se cala.
Brilha aos meus olhos a luz que não se apaga.
Vem na memória a lembrança do que fui...

O silêncio às vezes se faz.
O olhar às vezes perde a luz
E a lembrança do que eu era...
Passa a ser a realidade do que sou.

Olhos e ouvidos no desejo de silêncio e luz!
Lembranças do que fui... E já saudade do que sou!


Vida...

Pseudônimo: Gê

Poeta: Maria Gertrudes

Vencedora do prêmio “As 10 Melhores”

Vida - barco tão lento,
Que vai por rio a dentro,
Talvez sem se queixar...

Queixar das dores, dos risos,
Vida: maçã – paraíso,
Que a cada destino dá...

Vida – ilusão profunda,
Que num buraco se afunda,..
Pra felicidade buscar...

Vida... destino... ilusão...
Tapete que cobre o chão;
Vida – não importa pisar,

Não importa esmigalhar,
Dos seres, o “coração”...
Vida de choros, de canto,

Vida – que num espanto,
Tudo traz, ou deixa levar!...
Vida – Que num momento,

Vida – num simples lamento
Tudo pode transformar...
Por que vida – tudo complica,

Por que vida – nada explica?
Por que se deixa calar?!
Por que agora tanto mistério?

Por que não querer completar,
E nada nos explicar? Pode?
Nos fale, nos diga, nos mostre...

Vida – que em forma de poste,
Possa nos iluminar...
Vida – corrente aguda,

Que nos fere, nos machuca,
Mas também nos quer curar...
Vida – pedimos-te agora,

Talvez, sem necessidade,
Porque Vida – Sabe a verdade,
Porque Vida – Sabe a “hora”...

E também sabe arrumar...
Mas, contudo, ilumina-nos...
Dá-nos força pra agüentar...

Do amargo ou do doce,
Ensina-nos a saborear...
Para que, contudo, um dia,

O nosso sonho terminar,
A tão procurada, desejada
Vida – possamos contudo,

Profundamente... amar!!!

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