Edição 131-Dezembro/2011
Chuvas
intensas e obras malfeitas pela Prefeitura causam danos a cidadãos
Se
alguém pensa que quem sofre com as chuvas são apenas os moradores de bairros
próximos aos rios, engana-se. Moradores do bairro de Lourdes e do bairro do
Jota foram castigados pela forte chuva ocorrida na tarde do dia 7 de dezembro,
por volta das 15:30 horas.
Na
rua Custódia Maria da Silva, no bairro do Carmo, logo abaixo da Eduardo
Durcesino, a água foi se acumulando e, sem conseguir sair, e pressionando o
muro da casa de Reinaldo Fernandes, as águas acabaram derrubando-o. Foram
aproximadamente 26 metros de muro, além do arrimo, que foram abaixo. A água e os pedaços de muro – blocos de
cimento e pedras do arrimo – bateram no muro de cima do vizinho, derrubou uma
pilastra de sua coberta e vários metros do muro da frente de sua casa (já na
Rua Afrânio Castanheira). A força da água foi tão violenta que arrastou enormes
pedaços de muros por mais de 50 metros. Além disso, os buracos abertos nos dois
muros das duas casas levaram lama e água suja para dentro das casas. Na casa do
editor do jornal de fato, formou-se uma cachoeira de um lado enquanto água suja
e lama entravam em toda a casa. O terreiro da casa ficou lotado de barro e
pedras e só foi limpo por causa da imensa solidariedade de vizinhos e outras
pessoas que apareceram para ajudar. Debaixo da chuva que não parava de cair e
em posse de enxadas, rodos, baldes, mangueiras etc, voluntários, amigos,
vizinhos ajudaram a limpar tudo.
Já
na rua que liga a Lízio Pacífico à Reynaldo Pinto Vieira, onde passa um córrego
– o mesmo que alagou perto do CEMMA -, as águas subiram rapidamente e entraram em
uma das casas.
No
bairro do Jota, quem sofreu com a forte chuva do Geraldinho Santana. Sua cozinha
recém reformada foi totalmente destruída depois que um muro caiu sobre
ela.
Culpa
da Prefeitura
Mas
a culpa de tanta destruição e prejuízos não foi apenas da forte chuva. No bairro de Lourdes, o bueiro não conseguiu
dar a vazão que levaria as águas para a rua Afrânio Castanheira, atravessando o
lote de terreno das duas casas. Duas razões principais causaram o problema. A
primeira foi a falta de bueiros em todo o bairro do Carmo, acima das duas
construções. Toda a água de todas as ruas do bairro descem rumo ao bueiro da
rua Custódia Maria da Silva. Além disso, a manilha é pequena, de apenas 470
milímetros, e não deu conta da água. Assim, o muro foi pressionado e derrubado.
Reincidência
A
Prefeitura já sabia que o bueiro da rua Custódia Maria da Silva não comporta as
águas. Da outra vez, a única coisa que
fez foi fazer uma outra boca de lobo ao lado da pequena que existe, o que não
resolveu nada. Quando chove muito, a tampa do bueiro na rua Afrânio
Castanheira, até sai do lugar por causa da quantidade de água que desce do
bairro do Carmo. A solução é a de colocar outras saídas para as águas no bairro do Carmo e colocar manilhas com maior
vazão para receber as águas que saem na rua Maria Custódia da Silva. Sem isso,
depois que os muros forem refeitos, poderão ser novamente derrubados pela força
da água.
Omissão
Até
o fechamento da edição, a Prefeitura ainda não tinha tomado nenhuma providência
para solucionar os problema, nem mesmo as iniciativas paliativas. Cinco dias
depois dos fatos, a Defesa Civil nem ao menos tinha enviado o relatório à
Secretaria de Obras e Serviços Urbanos. Enquanto isso, toda vez que chove – e
está chovendo sem parar – as águas passam pelo lugar em que o primeiro muro foi
derrubado, levando água da chuva e barro para as duas casas abaixo, além da
preocupação de terem suas casas invadidas por essa água e lama.
Chuvas
preocupam população
No
dia 16 de dezembro, moradores da COHAB estavam sendo retirados de suas casas
porque as águas do rio Manso estavam próximas delas. A preocupação chegava
também para moradores da parte baixa do Canto do Rio. O rio Paraopeba estava
enchendo muito. No dia 17 de manhã as águas já tinha chegado ao antigo
Estacionamento, na entrada do São Conrado.
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