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sábado, 7 de janeiro de 2012


Edição 131-Dezembro/2011
Chuvas intensas e obras malfeitas pela Prefeitura causam danos a cidadãos

Se alguém pensa que quem sofre com as chuvas são apenas os moradores de bairros próximos aos rios, engana-se. Moradores do bairro de Lourdes e do bairro do Jota foram castigados pela forte chuva ocorrida na tarde do dia 7 de dezembro, por volta das 15:30 horas.
Na rua Custódia Maria da Silva, no bairro do Carmo, logo abaixo da Eduardo Durcesino, a água foi se acumulando e, sem conseguir sair, e pressionando o muro da casa de Reinaldo Fernandes, as águas acabaram derrubando-o. Foram aproximadamente 26 metros de muro, além do arrimo, que foram abaixo.  A água e os pedaços de muro – blocos de cimento e pedras do arrimo – bateram no muro de cima do vizinho, derrubou uma pilastra de sua coberta e vários metros do muro da frente de sua casa (já na Rua Afrânio Castanheira). A força da água foi tão violenta que arrastou enormes pedaços de muros por mais de 50 metros. Além disso, os buracos abertos nos dois muros das duas casas levaram lama e água suja para dentro das casas. Na casa do editor do jornal de fato, formou-se uma cachoeira de um lado enquanto água suja e lama entravam em toda a casa. O terreiro da casa ficou lotado de barro e pedras e só foi limpo por causa da imensa solidariedade de vizinhos e outras pessoas que apareceram para ajudar. Debaixo da chuva que não parava de cair e em posse de enxadas, rodos, baldes, mangueiras etc, voluntários, amigos, vizinhos ajudaram a limpar tudo.
Já na rua que liga a Lízio Pacífico à Reynaldo Pinto Vieira, onde passa um córrego – o mesmo que alagou perto do CEMMA -, as águas subiram rapidamente e entraram em uma das casas.
No bairro do Jota, quem sofreu com a forte chuva do Geraldinho Santana. Sua cozinha recém reformada foi totalmente destruída depois que um muro caiu sobre ela.     

Culpa da Prefeitura

Mas a culpa de tanta destruição e prejuízos não foi apenas da forte chuva.  No bairro de Lourdes, o bueiro não conseguiu dar a vazão que levaria as águas para a rua Afrânio Castanheira, atravessando o lote de terreno das duas casas. Duas razões principais causaram o problema. A primeira foi a falta de bueiros em todo o bairro do Carmo, acima das duas construções. Toda a água de todas as ruas do bairro descem rumo ao bueiro da rua Custódia Maria da Silva. Além disso, a manilha é pequena, de apenas 470 milímetros, e não deu conta da água. Assim, o muro foi pressionado e derrubado.

Reincidência

A Prefeitura já sabia que o bueiro da rua Custódia Maria da Silva não comporta as águas.  Da outra vez, a única coisa que fez foi fazer uma outra boca de lobo ao lado da pequena que existe, o que não resolveu nada. Quando chove muito, a tampa do bueiro na rua Afrânio Castanheira, até sai do lugar por causa da quantidade de água que desce do bairro do Carmo. A solução é a de colocar outras saídas para as águas no  bairro do Carmo e colocar manilhas com maior vazão para receber as águas que saem na rua Maria Custódia da Silva. Sem isso, depois que os muros forem refeitos, poderão ser novamente derrubados pela força da água.

Omissão

Até o fechamento da edição, a Prefeitura ainda não tinha tomado nenhuma providência para solucionar os problema, nem mesmo as iniciativas paliativas. Cinco dias depois dos fatos, a Defesa Civil nem ao menos tinha enviado o relatório à Secretaria de Obras e Serviços Urbanos. Enquanto isso, toda vez que chove – e está chovendo sem parar – as águas passam pelo lugar em que o primeiro muro foi derrubado, levando água da chuva e barro para as duas casas abaixo, além da preocupação de terem suas casas invadidas por essa água e lama. 

Chuvas preocupam população

No dia 16 de dezembro, moradores da COHAB estavam sendo retirados de suas casas porque as águas do rio Manso estavam próximas delas. A preocupação chegava também para moradores da parte baixa do Canto do Rio. O rio Paraopeba estava enchendo muito. No dia 17 de manhã as águas já tinha chegado ao antigo Estacionamento, na entrada do São Conrado.  

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