Edição 125-Junho/2011
Secretaria
e Conselho realizam XI Conferência de Saúde
Nos dias 2 e 3 de julho aconteceu, na Câmara Municipal e CAPS –
Centro de Assistência Psico-Social -, a XI Conferência Municipal de Saúde – CMS
- de Brumadinho, organizada pela Secretaria de Saúde e Conselho Municipal de
Saúde. Em torno de 70 delegados, de todas as regiões do Município, estiveram
presentes. Fizeram a abertura do evento o Presidente da Câmara, Leônidas
Maciel; o representante do CMS, Eliandro Teles; o prefeito Nenen da ASA (PV). O
Secretário Municipal de Saúde, Junior Araújo Alves não compareceu porque sua
religião não permitia. Foi representado pelo secretário adjunto, Geraldo, que
justificou a ausência do titular: “Ele não pode estar aqui por causa de sua
crença”. O Secretário esteve presente no
domingo, quando fez a abertura do evento, fazendo um a exposição sobre os
serviços de saúde de Brumadinho.
Além do vereador Leônidas estiveram presentes no sábado a
vereadora Lilian Paraguai (PT) e a ex-vereadora e pré-candidata petista a
prefeita Nara Paraguai.
No sábado aconteceram palestras com Marcelo Teixeira, Horácio
Campos, professor da UFMG, e o jornalista Valdir de Oliveira, da Fundação
Osvaldo Cruz - FIOCRUZ. Ainda no sábado aconteceram os trabalhos de grupos para
levantamento de propostas para o SUS de Brumadinho.
No domingo aconteceu a Plenária Final. Os delegados votaram as
propostas vindas do grupo.
Mudança no Hospital Municipal João Fernandes do Carmo
A Plenária Final da Conferência aprovou várias propostas
discutidas em 8 grupos de trabalhos. Uma das propostas polêmicas da Conferência
foi a respeito do Hospital João Fernandes do Carmo. Vinda do grupo 1, a
proposta era acabar com o contrato entre a prefeitura e a empresa que atua no
Hospital. Pelo contrato, o Município paga o aluguel do prédio para uma entidade
que detém o controle do prédio onde funciona a unidade, paga enfermeiras, e
todos os demais trabalhadores; entra com toda infraestrutura e a empresa apenas
com os médicos de plantão. Até 2006, o contrato custava 90 mil reais mensais
aos cofres públicos para os plantões que funcionam 24 horas por dia.
Ao ser lida no Plenário, a proposta recebeu destaque, sendo
negociada em seguida uma redação entre alguns delegados que viam complicação na
redação anterior. Após uma rápida negociação com o autor da proposta, o
delegado Reinaldo Fernandes, os delegados Sandro Lopes, Rodrigo (psicólogo do
CAPS) e o Secretario de Saúde, Junior Alves acertaram uma redação que contemplava
“revisar e fazer cumprir, através de Comissão Paritária de Acompanhamento
Hospitalar a ser criada pelo Conselho Municipal de Saúde, o contrato de
prestação de serviços de empresa prestadora de serviços no hospital”.
Escolha de delegados
Na Conferência, houve bastante reclamação sobre algumas
propostas aprovadas na última Conferência e que a Secretaria Municipal de Saúde
não cumpriu. Uma delas, aprovada na X Conferência, era sobre os critérios para
se retirar delegados para esta de 2011: “Para o Regimento Interno da XI
Conferência de Saúde, nas pré-conferências, a cada 5 (cinco) pessoas presentes
na pré-conferência, seja eleito 1 delegado e 1 suplente.” Mas a proposta não
foi cumprida pela secretaria Municipal de Saúde e Conselho Municipal de Saúde,
sob a alegação de que o número de 5 pessoas não era representativo e que
algumas propostas não podiam ser cumpridas por “questões técnicas”, na opinião
de uma das representantes do gestor; e que a Conferência não era deliberativa,
apenas propositiva, na opinião de outro.
Em vista disso, foi aprovada, também do grupo 1, a seguinte proposta: “Que a Secretaria Municipal de
Saúde e o Conselho Municipal de Saúde busquem implementar as decisões desta XI
Conferência Municipal de Saúde, encaminhando as propostas aqui aprovadas”.
Melhor divulgação das pré-conferências
Uma outra reclamação de alguns delegados foi o fato de as
pré-conferências terem sido mal divulgadas, algumas em cima da hora,
atrapalhando a participação da população. A dos bairros São Conrado, Lourdes, Centro,
Silva Prado, Santa Cruz, Santo Antônio, por exemplo, foi divulgada no sábado,
dia 4 de junho, para acontecer no dia 7. Depois, no dia 7, foi adiada para o
dia 8. Além disso, era para acontecer na Câmara Municipal e foi mudada para o
CAPS. Para resolver o problema, o grupo 1 propôs “que cada pré-conferência seja
divulgada com pelo menos 15 (quinze) dias antes de sua realização”. No grupo 1
estavam as então conselheiras Cláudia Miriam e
Raquel Garcia, Agnelo França, representante da Comissão Organizadora da
Conferência, os delegados Marcos Antônio da Silva e Reinaldo Fernandes.
A proposta foi aprovada sem destaque pela plenária final.
Eleição dos novos conselheiros
Até a X Conferência, realizada em maio de 2009, não havia nenhum
momento institucional para os candidatos se apresentarem ao público eleitor
suas propostas. A Conferência aprovou que os candidatos ao Conselho,
representantes dos usuários, dispusessem de pelo menos 3 (três) minutos cada,
antes da eleição, para expor suas ideias e dizer por que queriam ser
conselheiros. Na hora da apresentação, um dos candidatos se enrolou: “Eu quero
ser... ser o que mesmo?”, sendo socorrido por alguém ao lado: “Conselheiro!”
Feita a votação, foram eleitos dona Romilda, de Tejuco (com 31
votos); Carmem Lúcia M. Farias, de Eixo Quebrado (25 votos); Ângela Sales, do
Residencial Bela Vista (24 votos); a Eustáquio, de Marinhos (22 votos);
Rosilene, de Córrego Ferreira (21 votos); Cleuza (20 votos); Eliane, de Melo
Franco (19 votos); José de Oliveira, de Córrego de Almas (18 votos) e Rosilene
Gonçalves (18 votos). Representando entidades filantrópicas foi eleita Maria
Zita da Silva, do “Asilo”.
Ficaram na suplência Milton Amaro Amorim, de Marques (17 votos);
Sandro Maurício Lopes, Terezinha Anastácio, Valdivino Alves da Silva, Rosilene
Souza, Geralda Vaz (Dica), Nelton Ferreira Pena, Dilma Gonçalves do C. S.
Araújo, do Parque da Cachoeira, e Maria José Fernandes, de Maçangano. No caso
de Dilma Gonçalves, ela foi eleita em 2009, chegou à Presidência do Conselho
mas desta vez não conseguiu, ficando com a 8ª suplência, depois de alcançar 10
votos.
O candidato que não sabia por que queria ser candidato não foi
eleito.
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