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domingo, 9 de dezembro de 2012


Edição 142-Outubro/2012
Antônio Brandão, o novo prefeito de Brumadinho

Escolhido por mais de 12.000 cidadãos no último dia 7 de outubro, 55% dos votos válidos, Antônio Brandão, o Tunico Brandão, 67 anos, é o novo prefeito de Brumadinho a partir de 1º de janeiro de 2013. Morador do bairro de Lourdes, empresário bem sucedido do ramo de embalagens, com loja no CEASA-MG, em Contagem, Brandão, homem simples, é muito popular. É conhecido por sempre ajudar as pessoas com doações. Não faltam na cidade histórias de famílias ajudadas por ele, como um senhor que contou que ele só não passou fome porque Brandão permitiu que ele comprasse por mais de um ano na Casa Bruma (quando Brandão era um dos sócios-proprietários), sem pressioná-lo por pagamento. Ou um senhor que contou que morou por mais de um ano numa casa do prefeito eleito, quando passava por dificuldades financeiras, e que Brandão não lhe cobrou um centavo. Uma senhora que já passou dos 80 anos, ex-professora de Tunico, conta que um dia, na sala de aula do menino Brandão, um colega não tinha lápis. Então o menino – agora prefeito – quebrou seu lápis em dois, e deu um ao colega.
Há de mais de duas décadas Brandão tinha seu nome citado como um candidato a prefeito de muito potencial. No entanto, apenas em 2008, de última hora, foi lançado candidato pelo então prefeito Antônio do Carmo Neto, outro Tunico, o “Tunico da Bruma”, um ex-sócio. Desconhecido na zona rural do Município, e carregando a pecha do continuísmo, Brandão não logrou êxito em sua primeira campanha. Mas o fato de ter alcançado mais de 5000 votos, ter ficado em 2º lugar numa disputa de 4 candidatos a prefeito e ter sido vencido por uma diferença de apenas 620 votos o credenciou como umas boa opção na eleição seguinte.

A articulação política pró-Brandão

Em 2009, a partir de uma articulação de José Paulo, Brandão foi levado para o PSDB, no que foi acompanhado de vários peemedebistas.
O discurso preponderante que foi tomando conta do círculo fora do poder era o de que só havia uma forma de vencer Nenen da ASA: a união de todas as forças contra ele. A partir de 2011 e em 2012, foi costurada uma aliança ampla de 11 partidos, incluído aí o PT, apontado nos bastidores como o preferido para compor a chapa com Brandão, ocupando a vaga de vice. Porém, pouco mais de um mês antes das convenções, o PMDB de Breno Carone migrou do grupo de Nenen da ASA para o de Brandão e, nos bastidores dos presidentes dos 12 partidos, ficou acertada a vice para Carone. Às vésperas da convenção, o PSL também aderiu a Brandão.

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