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domingo, 9 de dezembro de 2012


Edição 142-Outubro/2012
Ler é legal
Por Amanda

O Piloto de Hitler – Vida e Época de Hans Baur

Para quem gosta de História Geral, C. G. Sweeting, especialista em Segunda Guerra Mundial (1939-1945), nos traz de forma detalhada, a biografia de um dos homens que Adolf Hitler (1889-1945) mais confiava enquanto vivo. Hans Baur (1897-1993) foi além de piloto oficial do líder nazista, seu confidente e foram raros os momentos em que Hitler precisou utilizar sua aeronave em que Baur não estivesse no comando. O livro relata episódios da II Guerra Mundial sob o ponto de vista de Baur e traços da personalidade do führer que poucos distinguiam. O autor relata ainda a experiência do piloto na Primeira Guerra Mundial e o que aconteceu a ele após o fim da segunda grande guerra. Baur viveu até 1993 e foi fiel ao ditador nazista mesmo depois de sua morte em 1945 sem acreditar no que o führer foi capaz de perpetrar. Leitura fantástica apesar de todo o horror implantado pelo nazismo. Fica a dica!

Ficha Técnica do Livro: Autor: C. G. Sweeting; Editora: Jardim dos Livros; 440 páginas;




Um comentário:

  1. Herói alemão da Primeira Guerra Mundial. Patriota. Homem de confiança de Adolf Hitler. Esse foi Hans Baur, o verdadeiro piloto de Hitler, que dentre todos os pilotos à disposição do Führer, era o único digno da honra de transportar o ditador.

    “Esquecer Hitler é um perigo. Hitler nos mostrou como é fina a camada de verniz da civilização.”
    Anthony M. D’Agostino

    Incontáveis livros já foram escritos sobre a intimidade dos nazistas, mas poucos contam com tantas curiosidades históricas, fotos inéditas, e documentos para mergulhar o leitor nos bastidores do III Reich. O autor C. G. Sweeting é especialista em história da aviação do exército americano e do exterior, e neste trabalho exibe uma pesquisa minuciosa, tanto dos fatos históricos que acompanharam a trajetória de Baur, quanto dos equipamentos aeronáuticos que o piloto utilizou. Entusiastas da aviação vão se deslumbrar com as descrições detalhadas dos aviões, que em alguns momentos chegam a extrapolar as necessidades do leitor leigo.

    Eu, por exemplo, não me prendi a certas informações, como a de que em 1918, Baur pilotou um Hannover CL IIIa equipado com motor Argus As II de seis cilindros de linha, refrigerado a água e capaz de fazer 165 km/h. Nesses momentos, a narrativa se tornou um pouco maçante, mas compreendo que, para quem entende de aviões, detalhes como esses são atrativos. Para mim, o grande diferencial dessa biografia foi proporcionar a perspectiva de alguém que estava no centro dos acontecimentos de sua época, desempenhando um papel discreto, mas indispensável, na ascensão de Hitler ao poder.
    Hans Baur aprendeu a pilotar para lutar a Primeira Guerra Mundial, e se destacou em batalhas aéreas a ponto de garantir um emprego na aviação comercial após a derrota da Alemanha e a extinção da força militar do país. Um golpe duro para qualquer nacionalista, mas Baur era também um apaixonado pelo céu, e conseguiu se destacar fazendo vôos particulares. Então, em um desses vôos, o destino de Hans Baur se cruzou com o de Aldof Hitler.

    De 1932 até o fim de sua vida, Hitler fez apenas um vôo não pilotado por Baur. Ele se tornou as asas do ditador mais temido da Europa, e integrante do círculo de amizades do Führer, a ponto de se sentir à vontade para criticar até mesmo a dieta vegetariana do chefe. O fato de Hitler se referir à sopa de carne como “chá de cadáveres” é apenas uma das muitas pérolas resgatadas das memórias de Baur. Curiosidades sobre o cotidiano de Hitler e seus partidários é o que não faltam!
    Eu me surpreendi com muitas delas, mas nada me impressionou mais do que o caráter de Baur. Conhecer a história deste homem é como ouvir o relato de alguém que, acima de qualquer coisa, foi fiel às suas crenças e ao seu líder. Até mesmo depois do suicídio de Hitler, de Baur ter todos os seus bens confiscados pelos Aliados (inclusive a Mercedes que o próprio Führer tinha lhe dado como presente de aniversário), ser cruelmente interrogado e mantido cativo dos soviéticos por dez anos, ele manteve sua adoração pelo ditador.

    Ótimo Livro, recomendo!

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